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Arbitragem com uso de vídeo estreia com polêmica no Mundial de Clubes

Juiz húngaro marca o primeiro pênalti oficial da história com a ajuda da tecnologia

O húngaro Viktor Kassai marca o pênalti para o Kashima.
O húngaro Viktor Kassai marca o pênalti para o Kashima.T. KITAMURA (AFP)

O fato entrará para a história como uma das primeiras interferências decisivas do video ref em uma partida oficial importante. Mas também estará nos anais por ter sido um exemplo polêmico do uso da tecnologia no futebol. Justamente no momento em que a sua utilização está no centro das discussões, o árbitro húngaro Viktor Kassai apitou um pênalti (o primeiro da história em um jogo oficial com ajuda da tecnologia) para o Kashima Antlers (Japão) na semifinal do Mundial de Clubes contra o Atlético Nacional (Colômbia), mas ignorou a existência de um impedimento anterior no mesmo lance. O jogador não toca na bola, razão pela qual o juiz poderia considerar que ele não participou da jogada e portanto não sancioná-lo, mas foi uma situação muito controvertida, porque o jogador, o japonês Daigo Nishi, tira vantagem dessa posição e o colombiano Orlando Berrío acaba por derrubá-lo.

Essa situação se deu quando o Atlético defendia um cruzamento de bola parada e o juiz decidiu usar as repetições do vídeo em um monitor localizado na beira do campo. Depois de analisar as imagens, o árbitro decidiu marcar o pênalti, mas pareceu não levar em conta um detalhe fundamental: o jogador do Kashima Antlers estava impedido. A penalidade foi marcada três minutos depois de a infração ter sido cometida.

“A posição de impedimento não se concretizou porque o jogador não interferiu na jogada nem disputou a bola com o adversário”, argumenta a FIFA em nota. No entanto, trata-se de uma situação de jogo que poderia ser interpretada de diversas formas, pois Berrío comete a falta dentro da área depois de perceber que o japonês Nishi, que estava em situação irregular, ganhava vantagem sobre ele.

Shoma Doi converteu o pênalti, e, assim, os japoneses abriram o placar diante de um Atlético Nacional – campeão da Libertadores da América e representante da América do Sul no Mundial – que demonstrava superioridade em campo. A equipe japonesa confirmou a surpresa com um 3x0 contundente, que a colocou na final do torneio.

Essa tecnologia, que tem o apoio da FIFA e da IFAB, continuará a ser testada nos próximos anos em competições na Austrália, Bélgica, Brasil, República Tcheca, França, Alemanha, Itália, México, Holanda, Portugal e Estados Unidos.

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