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Quadro de Frida Kahlo nunca exposto em público vai a leilão

Sotheby’s oferece ‘Menina Com Colar’ por um lance mínimo de 4,8 milhões de reais

A tela ‘Menina Com Colar’, de Frida Kahlo, exposta na Sotheby’s, em Nova York.Vídeo: Reuters/Quality
Jan Martínez Ahrens

Um par de grossas sobrancelhas é a estrela do próximo leilão da Sotheby’s em Nova York. Trata-se de uma obra da conhecida pintora mexicana Frida Kahlo que nunca foi exibida em público e que será posta à venda em 22 de novembro com um preço inicial de 1,5 milhões de dólares (4,8 milhões de reais).

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O paradeiro do óleo Menina Com Colar, de 1929, foi um mistério durante os últimos anos, conta a agência Reuters. O diretor de arte latino-americana do Sotheby’s, Axel Stein, disse que o quadro esteve pendurado por seis décadas numa residência da Califórnia. Essa é uma das primeiras 20 pinturas feitas por Kahlo, numa carreira que totalizou 143 obras. Nela, uma menina de aproximadamente 13 anos encara o espectador. “Há uma sensação de calor e proximidade”, observa Stein. “O que torna a pintura interessante é o fato de que este é o protótipo de todos os retratos subsequentes de Frida. Com uma visão frontal, e neste caso não somente com as cores muito típicas do que era Frida, cores muito vibrantes, mas também com suas famosas sobrancelhas unidas e seu colar de jade pré-colombiano, que depois apareceria em tantos outros retratos.”

“A pintura parece bastante conservada. Esteve numa parte escura da residência, por isso as cores estão muito vivas”, comentou o porta-voz da casa de leilões. A expectativa da empresa é que a tela seja vendida por até dois milhões de dólares (6,9 milhões de reais). Em maio, a Christie’s vendeu uma pintura de 1939 da mesma artista por oito milhões de dólares (27,5 milhões de reais).

Frida Kahlo morreu em 1954, aos 47 anos. Um ano depois, seu viúvo, o muralista Diego Rivera, presenteou essa tela a uma mulher que havia ajudado à pintora mexicana em seu ateliê, acrescenta Stein. Agora, rondando os 90 anos, essa mulher ofereceu a obra à casa de leilões, por motivos não revelados.

Segundo Stein, Kahlo é a artista latino-americana com maior valorização no mercado internacional. A razão disso é que o México proibiu durante décadas as exportações de obras de arte, em nome da preservação do patrimônio nacional.

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