_
_
_
_
_

Astronautas norte-americanos votam do espaço e pelo correio

Possibilidade existe nos Estados Unidos desde 1997

Jaime Rubio Hancock
A bandeira norte-americana na Estação Espacial Internacional
A bandeira norte-americana na Estação Espacial InternacionalKjell Lindgren (NASA)
Mais informações
O impacto das eleições dos EUA no Brasil, de acordo com 5 especialistas
Após 96 anos de voto feminino, uma mulher pode se tornar presidenta dos EUA
Trump vai à caça dos democratas de Reagan
‘Gerrymandering’: o polêmico método que decide o vencedor das eleições nos EUA

Shane Kimbrough é um dos muitos norte-americanos que já votaram antecipadamente para as eleições presidenciais desta terça-feira (que você pode acompanhar no especial do EL PAÍS Brasil). No seu caso, isso aconteceu porque ele vive muito longe. Concretamente, na Estação Espacial Internacional. Sua missão, de quatro meses, será concluída em fevereiro, e, quando ele estiver de volta, a nova (ou o novo) presidente já terá feito seu juramento na cerimônia de posse marcada para 20 de janeiro.

Antes de Kimbrough, e para estas mesmas eleições, já havia votado também Kate Rubins, que explicava neste vídeo da NASA que na cédula, enviada pelo correio, seu endereço aparecia como “órbita baixa terrestre” (a partir do minuto 1:40). Rubins antecipou o seu voto para setembro, quando demonstrou que não poderia estar de volta à Terra a tempo, depois de ocorrer um atraso na sua substituição.

Como explica a NASA em um post divulgado nesta segunda-feira em sua página no Tumblr, os astronautas podem votar desde 1997, graças a uma iniciativa surgida de uma proposta do astronauta John Blaha e levada adiante pelo Legislativo do Texas (a maioria dos astronautas vive em Houston). O processo é demorado: um ano antes de partir, eles têm de escolher em quais eleições querem votar, e elas podem ser locais, estaduais ou federais. Como informa o The Atlantic, os astronautas recebem a mesma cédula de voto por correio usada por todos, porém em um correio eletrônico criptografado. Um funcionário autorizado recebe depois o PDF de volta, “copia à mão a escolha e envia uma cédula-padrão que tem o mesmo valor da original”.

O primeiro a lançar mão dessa possibilidade foi David Wolf, que votou em 1997, quando estava a bordo da estação espacial russa Mir. Segundo o site da rádio pública norte-americana NPR, eram eleições locais, e o astronauta “nem sequer se lembra de quais eram os candidatos”.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_