_
_
_
_

Justiça espanhola reabre o caso da fraude na contratação de Neymar

A Quarta Seção considera que na operação houve crimes de fraude e corrupção entre particulares

Fernando J. Pérez
Neymar e seu pai.
Neymar e seu pai.PAULO WHITAKER
Mais informações
Barcelona assume a culpa no caso Neymar
Barcelona garante que Neymar custou 19 milhões de euros
Justiça espanhola arquiva investigação pela contratação de Neymar

A Quarta Seção da Audiência Nacional ordenou nesta sexta-feira que o juiz José de la Mata reabra a causa por fraude e corrupção entre particulares decorrente dos contratos entre o Barcelona e o Santos na contratação de Neymar, que o próprio De la Mata arquivara em julho. A Quarta Seção, presidida pela magistrada Ángela Murillo, avalia que na operação ocorreram crimes de fraude e corrupção entre particulares, o que obriga o juiz a dar o passo prévio à abertura do julgamento, com sustentação oral. O clube não foi arrolado nesse procedimento.

O tribunal acatou um recurso da Promotoria, ao qual haviam aderido a Federação das Associações de Atletas Profissionais do Brasil e a empresa DIS –proprietária de 40% dos direitos federativos do jogador–, que haviam interposto a ação alegando ter sofrido prejuízo econômico. O contrato firmado pelo jogador e seu pai em 2011 garantia a transferência de Neymar do Santos ao Barcelona em troca de 40 milhões de euros (143 milhões de reais).

Depois de examinar dois contratos de 15 de novembro e 6 de dezembro de 2011 nos quais são detalhadas as condições de transferência do jogador, os magistrados acharam indícios de corrupção entre particulares porque “mediante a assinatura dos contratos foi alterado o livre mercado de contratação de jogadores”.

Sobre a contratação do jogador em 2013, antes de que fosse livre, os magistrados afirmam que, embora o juiz De la Mata tenha classificado esses tipos de contrato como “habituais no mundo futebolístico”, eles observam, sim, “indícios de simulação consciente e urdida para cometer fraude”.

Entre os indícios, o tribunal menciona o contrato para a realização de uma partida amistosa entre o FC Barcelona e o Santos FC, de caráter gratuito, no qual expressamente se pactuava que se o acordado não fosse cumprido enquanto Neymar Jr. fosse jogador do FC Barcelona, este clube compensaria o Santos FC com a “não desprezível”” quantia de 4,5 milhões de euros (16,2 milhões de reais).

Em seu recurso, o promotor José Perals afirmava que na contratação do jogador “ocorreram condutas claramente delitivas” que deviam “ser objeto de julgamento”. Perals criticou De la Mata por ter descartado a investigação “atendendo unicamente às alegações das defesas e as declarações exculpatórias dos investigados” e “desconsiderando parte da convincente documentação que existia nas diligências”. De la Mata arquivou o arquivo contrariando o critério do promotor, que pedia a continuidade do procedimento.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_