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Barcelona garante que Neymar custou 19 milhões de euros

Vice-presidenta do clube, Susana Monje, apresenta o balanço do exercício 2015-2016 com receita de 679 milhões de euros, e uma dívida de 271 milhões

Susana Monge, em uma foto de arquivo. EFEFoto: atlas

“A contratação de Neymar foi excepcional”, disse Susana Monje, vice-presidenta do Barcelona e responsável pela área econômica do clube, na apresentação do balanço financeiro do clube. Monje garantiu que o custo de Neymar foi de 19,3 milhões de euros (70 milhões de reais) –17,3 para o Santos e dois pela indicação ao prêmio de Bola de Ouro– e explicou que o restante dos valores pagos –até os 86,2 milhões de euros admitidos pelo Barcelona– correspondem ao salário do jogador, após o acordo do clube com a Procuradoria e a Advogacia-Geral do Estado. Segundo esses cálculos, os 40 milhões pagos à empresa N&N (de propriedade da família de Neymar), a multa de 5,5 milhões que o clube pagou à Fazenda por não arcar corretamente os tributos da contratação e as outras parcelas pagas pelo Barcelona para contratar o brasileiro correspondem ao salário do jogador. “Neymar tem um salário bruto de 24,8 milhões”, afirmou a vice-presidenta financeira do Barça. E agora cabe renovar o contrato.

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Quando em meados de 2013 o jogador brasileiro chegou ao Barcelona, o então presidente azul-grená, Sandro Rosell, afirmou que a contratação do atacante tinha custado 57,3 milhões de euros. Seis meses depois, após a renúncia de Rosell exatamente pelo escândalo em torno do valor da contratação do atcante, Josep María Bartomeu explicou que a compra do brasileiro, na verdade, chegava a 86,2 milhões se fossem levados em conta todos os contratos envolvidos na operação.

“A economia do Barça está excepcional”, disse a vice-presidente financeira do Barcelona, Susana Monje. O clube fechou o exercício 2015-2016 com receita recorde de 679 milhões de euros e com lucro de 29 milhões. Na área financeira há uma satisfação especial com o saldo da dívida líquida, que caiu para 271 milhões (no período passado era de 328 milhões) e que foi reduzida em 160 milhões desde que a atual diretoria tomou posse no comando do clube, em 2010 (431 milhões). “Não foi um ano de transição, mas sim um exercício financeiro fundamental para cumprir com todos os objetivos estratégicos do clube”, afirmou Monje.

Gastos controlados

A vice-presidenta do Barcelona elogiou a gestão econômica do clube. “Só temos a lamentar o veredicto com Can Rigalt”, disse. O clube catalão assumiu durante o último exercício os efeitos econômicos dos terrenos do L´Hospitalet vendidos em 2005 por um valor de 35,4 milhões de euros, mas um tribunal determinou que o negócio fosse desfeito. Uma situação que obrigou o Barça a voltar a comprar Can Rigalt por 47 milhões. “Teríamos conseguido os maiores lucros da história do clube”, disse Monje. No período 2010-2011, a entidade azul-grená lucrou 49 milhões de euros, enquanto que na última temporada, sem a contingência de Can Rigalt, o resultado teria sido de 54 milhões.

“Os gastos estão controlados”, afirmou Monje. Apesar de a dívida líquida de 271 milhões ainda estar distante do valor de 200 milhões que a diretoria estipulou para começar as obras de remodelação do estádio Camp Nou, existe no Barcelona uma tranquilidade com relação aos gastos. Os salários esportivos são de 439 milhões, dos quais 380 milhões correspondem ao time principal. “Os gastos aumentaram 8% e as receitas 12%”, disse a dirigente. E a folha salarial da equipe de Luis Enrique alcançou 69% das receitas (na temporada anterior representava até 73%). Números que tranquilizam o Barcelona, uma vez que a Liga aconselha não superar os 70%.

O novo contrato com o Catar para patrocinar o uniforme do time por mais uma temporada (35 milhões) foi um alívio para Monje. “Passar de 0 para 35 foi uma boa notícia”, afirmou. “Não se pode esquecer que é o terceiro maior patrocínio do mundo”. A lista é liderada pelo Manchester United (Chevrolet, 64 milhões), com o Chelsea a seguir (Yokohama, 54). E se o Barça somar o novo contrato com a Nike (85 por ano, será de 155 a partir da temporada 2018-2019), a camisa do time vale 128,8 milhões (Qatar Airways paga 35 e Beko, 8,8). “Temos a camisa mais cara do mundo”, disse a dirigente. Por último, a vice-presidenta explicou que o clube pode contratar o atacante que tanto pede Luis Enrique. “Temos 24 milhões para contratar um atacante”, finalizou Monje.

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