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Os momentos mais pop das cerimônias de abertura da Olimpíada

A poucas horas do começo dos Jogos, compilamos episódios que ficaram para sempre na nossa retina

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O estádio do Maracanã, no Rio, recebe na noite desta sexta-feira a cerimônia de abertura de mais uma edição dos Jogos Olímpicos. Após muitas polêmicas, o mundo finalmente poderá comprovar se os brasileiros realmente estavam ou não preparados para esse evento, e também se sabem organizar um bom espetáculo. Porque a abertura dos Jogos Olímpicos sempre serviu como um veículo para ostentar força social e econômica, dois fatores dos quais o Brasil não pode muito se gabar neste momento.

Seja como for, certamente haverá momentos para recordar, apesar do cancelamento do esquete em que Gisele Bündchen parecia ser assaltada. À espera de ver o que o Rio proporciona ao mundo, recordamos outros dez grandes momentos que poderiam inspirar os organizadores.

- Tóquio 1964: os primeiros Jogos com pirotecnia

Hoje nos parece a coisa mais normal, e aliás seria quase inimaginável uma cerimônia de abertura sem os fogos de artifício, mas foram os japoneses que os introduziram. Em 1964, em plena recuperação econômica após a Segunda Guerra Mundial, o país decidiu mostrar sua força e usou para isso toda a pólvora que tinha à mão. Desde então, não houve Jogos Olímpicos sem um show pirotécnico. Assista ao vídeo aqui.

- Los Angeles 1984: Etta James cantando gospel

A Costa Oeste dos Estados Unidos recebeu a Olimpíada pela segunda vez em 1984, demonstrando que já nos anos 1980 era a capital mundial do espetáculo. Entre os momentos mais memoráveis está Etta James cantando o clássico When the Saints Go Marching In. O patriotismo dos norte-americanos em qualquer evento destas características se multiplicou por mil ao celebrá-lo dentro de suas próprias fronteiras.

- Barcelona 1992: a primeira atuação de um holograma

Barcelona foi uma canção composta por Freddie Mercury há trinta anos e que serviu como hino dos Jogos de 1992. O vocalista do Queen morreu meses antes da cerimônia de abertura, mas esteve virtualmente presente na cerimônia de abertura graças a uma gravação que fizera anos antes com a soprano Monserrat Caballé nas fontes do Montjuic, em Barcelona. Montaram um vídeo com o logotipo dos Jogos e o mascote Cobi por ali, e o resultado ficou uma graça.

- Barcelona 1992: a flecha passou longe da pira.

Antonio Rebollo, um dos arqueiros paralímpicos mais importantes do mundo, foi o encarregado de acender a pira olímpica em Barcelona 1992. Como era baixíssima a probabilidade de a flecha acertar o alvo e acender a pira, decidiu-se que a chama olímpica surgiria automaticamente quando a flecha passasse por cima dela. Assim foi, e oficialmente nunca ninguém disse a verdade. Imaginar que acertou na mosca é muito mais bonito, claro.

- Atlanta 1996: Muhammad Ali faz o estádio vibrar

Não há imagem mais poderosa para a audiência televisiva do que um atleta do quilate de Muhammad Ali carregando a tocha olímpica nos últimos metros do seu percurso, já fortemente afligido pelo mal de Parkinson. Ele mostrava que um dos esportistas norte-americanos e afro-americanos mais notáveis de todos os tempos também era vulnerável, como o resto dos mortais. Mas que também continuava lutando.

- Atlanta 1996: o excesso de Céline Dion

Atualmente, Céline Dion alcançou o status de ícone trash e pop graças ao livro Let’s Talk About Love – Why Other People Have Such Bad Taste, mas em 1996 era uma intérprete bastante respeitável. The Power of Dream é o título da canção, excessiva e cheia de gritos, que a canadense interpretou. Aliás, foi produzida por nomes que você certamente já esqueceu, como Babyface.

- Atenas 2004: o libelo ecologista de Björk

Oceania foi o hino olímpico daquele ano, na voz de Björk, que na época estava obcecada por canções com sons guturais e acabava de lançar Medulla, um álbum feito unicamente com vozes humanas. O hino não era grande coisa, mas era melhor que o disco. Além disso, quando o cantou na cerimônia de abertura da Olimpíada, esteve à altura do espetáculo, com uma atuação de marés humanas literais e figuradas.

- Pequim 2008: a exibição de poder da China

Se houve algo realmente espetacular na cerimônia de abertura de Pequim, realizada no estádio Ninho de Pássaro, projetado pelo escritório de arquitetura Herzog & De Meuron, foram os números de dança. Milhões de espectadores puderam ver um espetáculo com 15.000 figurantes contratados para a ocasião. Sem dúvida, havia ali toda uma declaração de força da China para o mundo, o que se comprovaria três domingos mais tarde, quando, o país terminou os Jogos como líder do quadro de medalhas.

- Londres 2012: o retorno das Spice Girls

Em meio a uma impressionante mobilização técnica, as Spice Girls cantaram um medley com alguns dos seus maiores sucessos. Apresentaram-se sobre o teto de alguns táxis pretos e 100% londrinos. A coreografia coube aos próprios carros. Sem palavras.

- Londres 2012: Bond salve a rainha

A sempre calma Elizabeth II, ereta e jamais despenteada, se deixou levar pela alegria na festa de Londres. Chegou a participar, junto com Daniel Craig – caracterizado como o agente 007 –, de um esquete no qual precisava saltar de helicóptero. Evidentemente era uma dublê, mas isso não tira a emoção da cena.

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