Nova fase da Lava Jato mira Queiroz Galvão e cumpre mandados em seis Estados
Fase 'Resta Um' investiga esquema de lavagem de dinheiro e de fraude de licitações da Petrobras
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 33ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Resta Um, que tem como alvo principal a empreiteira Queiroz Galvão. Esta fase da operação cumpre 32 mandados judiciais em seis Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais), sendo dois de prisão preventiva, um de prisão temporária, seis de condução coercitiva (depoimentos) e 23 de busca e apreensão. De acordo com as investigações, a construtora formou um cartel com outras empreiteiras para fraudar licitações da Petrobras, em um esquema que gerou prejuízos bilionários para a estatal petrolífera,
Os alvos da operação são dirigentes e funcionários da construtora e do consórcio Quip S/A, do qual a empreiteira mencionada era acionista líder. Foram presos preventivamente o ex-presidente Ildefonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes Filho. Já o mandado de prisão temporária é contra Marcos Pereira Reis, executivo da Quip, segundo informações da Folha de S.Paulo.
O cartel supostamente liderado pela Queiroz Galvão subornou altos funcionários das diretorias de Serviços e Abastecimento da Petrobras para que as empresas firmassem contratos com a petrolífera com lucros superiores aos valores de mercado. De acordo com o Ministério Público Federal, as propinas pagas chegam a 10 milhões de reais. Em nota, a Procuradoria destaca que "esses crimes estão comprovados por farta prova documental que corroborou o depoimento de, pelo menos, cinco colaboradores, sendo três deles dirigentes de empreiteiras".
As investigações apontam ainda que transferiu milhões de dólares em propinas que seriam destinadas a dirigentes da Petrobras para contas secretas no exterior. Nesta fase da operação, um dos objetivos é provar que as empresas agiram para atrapalhar as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2009. "Há indícios, que incluem a palavra de colaboradores e um vídeo, de que 10 milhões de reais em propina foram pagos pela Queiroz Galvão com o objetivo de evitar que as apurações da CPI tivessem sucesso em descobrir os crimes que já haviam sido praticados até então", diz a nota do Ministério Público.
O grupo Queiroz Galvão, já investigado há anos pela Polícia Federal por outros esquemas de corrupção e desvio de dinheiro nas operações Monte Carlo, Castelo de Areia e Navalha, foi identificado na Lava Jato como o terceiro com maior volume de contratos celebrados com a Petrobras, alcançando um total superior a 20 bilhões de reais.
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