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Serena Williams conquista Wimbledon e alcança Steffi Graff

A número 1 do mundo vence Kerber (7-5 e 6-3, em 1h21min) e ganha seu sétimo título de Wimbledon

Alejandro Ciriza
Serena comemora a vitória contra Kerber.
Serena comemora a vitória contra Kerber.Julian Finney (Getty)

Enfim, na quarta tentativa, depois de um ano complicado, do qual saiu frustrada das outras três grandes praças, Melbourne, Nova York e Paris, a americana Serena Williams reencontrou-se com a glória em Wimbledon, torneio que já se tornou seu favorito. Venceu a alemã Angelique Kerber em uma bonita final (7-5 e 6-3, em 1h21min) e festejou seu sétimo título no All England Tennis Club. Redimiu-se a número depois de uma trajetória espinhosa, em que surgiram várias rivais para contestá-la, e na qual a exigência era alcançar Steffi Graff, a tenista mais vencedora da Era Aberta. No final das contas, igualou os 22 troféus de Grand Slam da alemã, e a partir de agora, seu desafio será o recorde absoluto e histórico: os 24 obtidos pela australiana Margaret Court.

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Como Roger Federer no dia anterior, Serena terminou estendida sobre o gramado da Catedral. No entanto, havia um mundo de diferença entre uma imagem e a outra: o desconsolo e a impotência do suíço ao êxtase da americana, que posteriormente desenhou dois vês vitoriosos em suas mãos e brindou o sucesso com o público da quadra central. Em seguida, sentada, antes da cerimônia, a número 1 perdeu a vista no infinito e saboreou o título que tanto resistiu a ela. Encerrou-se um período no qual não foram poucos os que identificaram sinais crepusculares na número 1, que hoje em dia talvez tenha perdido um ponto de dominância, mas que, apesar de tudo, continua sendo uma campeã tremendamente competitiva.

Demonstrou isso contra Kerber, uma adversária que tentou estar à altura e que com um desempenho soberbo fez com que a final fosse mais brilhante. A alemã, segunda no ranking mundial a partir de domingo, aguentou a rainha da WTA nos dois sets. Errou pouco – cometeu somente cinco erros não forçados -, mas Serena rebateu sua resistência heroica com um poder exuberante com sua direita. Acertou 24 bolas vencedoras e, cada vez que Kerber apertava, respondia com um tiro definitivo ou com um bom serviço, com os martelos sobre os quais articula seus triunfos. Em Londres, de fato, o saque lhe proporcionou um total de 74 aces; um recurso ideal para sair de qualquer apuro.

As noites sem dormir

Nas longas trocas de bola, Kerber foi a mais recompensada, mas Serena não hesitou nos pontos rápidos. Assim, venceu a alemã e chegou ao seu sétimo título em Wimbledon, onde apenas Martina Navratilova (9) e Hellen Wills (8) ganharam mais que ela, ao lado, também em Londres, de Graf e Dorothea Douglass, ambas com outros sete. Mas o sete não era a obsessão. A cifra que a atormentava era 22. “Definitivamente, fiquei algumas noites sem dormir este ano”, admitiu, na sala de imprensa, muito mais relaxada e eloquente que nas suas últimas aparições: “para ser honesta, por um monte de coisas. O fato de estar tão perto e a possibilidade de não alcançar isso. Senti a pressão; eu mesma me coloco muita pressão. Sofri algumas derrotas duras”.

"Eu me dei conta que deveria pensar positivo; uma vez que faço isso, me dou conta de que sou bastante boa". 

Desde que derrotou Garbiñe Muguruza na capital inglesa, um ano atrás, Serena arrastou-se em uma corrente de negatividade. A veterana Roberta Vinci lhe negou o suculento prêmio do Grand Slam, e em seguida, vieram outros tropeços. Chegou a se colocar em questão sua motivação, e as pessoas, seu país, o esporte como um todo, perguntavam-se se a grande campeão estava sem apetite. Sua atuação contra a alemã Kerber, classificada como “sobre-humana” por John McEnroe, em sua versão de comentarista, dissipou qualquer dúvida que ainda poderia haver. “Eu me dei conta que deveria pensar positivo; uma vez que faço isso, me dou conta de que sou bastante boa. Foi assim que comecei a jogar um pouco melhor”, expressou.

Serena acabou com a maldição do 22 e voltou a sorrir. E, agora, claro, também o eterno debate, a eterna comparação. Seria Williams (34, quase 35 anos) a melhor tenista de todos os tempos? Números, estatísticas, o mar dos números e das opiniões. Enquanto isso, enquanto se fala e se escreve, ela segue fazendo a parte dela. Ou seja, segue vencendo.

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