Odebrecht e Queiroz Galvão abriram contas com a Moussak
Grupo Petrópolis e banco Schahin também movimentaram offshores com o escritório panampenho, segundo o Panama Papers

A investigação internacional do Panama Papers, conduzida no Brasil pelo portal UOL, jornal O Estado de S. Paulo e a Rede TV!, mostra que grandes empresas brasileiras transitam entre os paraísos fiscais abertos pela empresa Mossak Fonseca. A Odebrecht é uma delas, cujos movimentos foram feitos por meio de um funcionário, Luiz Eduardo Rocha Soares, e um parceiro, Olívio Rodrigues Júnior. Este último era dono da Graco Assessoria, alvo da Lava Jato durante a operação Acarajé, que determinou prisões de executivos ligados à empreiteira.
Três offshores – Davos Holding Group SA, Crystal Research Services Pesquisa, e Salmet Trade Corp – foram operadoras por Soares e Rodrigues Júnior. A Davos, segundo informações levantadas pelos veículos brasileiros, funcionou entre 2006 e 2012. A Lava Jato descobriu que Soares esteve 23 vezes no Panamá, e outras dez vezes no Uruguai, um dos países citados pela Panama Papers como reduto de empresas offshores. Por meio da Davos foram abertas contas na Suíça. Soares está foragido.
A família Queiroz Galvão, donos das empresas Queiroz Galvão e Galvão Engenharia, também são donas de empresas em paraísos fiscais, criadas com suporte da Mossack Fonseca. A empresa é apontada com uma das companhias que pagaram propinas a políticos do PP e do PMDB. Duas dessas offshores foram criadas em 2014.
Contas de Walter Faria, presidente do grupo Petrópolis, dono da cervejaria Itaipava, também foram detectadas nesta investigação. Faria é acusado de receber propina no exterior pela investigação da Lava Jato. Uma dessas offshores, a Headliner, já havia sido identificada pela força tarefa.
Integrantes da família Schahin, antigos donos do banco Schahin, vendido ao banco BMG, e executivos da construtora Mendes Junior, também têm registros de contas contratadas via Mussack Fonseca nos anos 90.
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