A Vila Autódromo que quer ficar
As famílias que resistem na comunidade vivem em condições insalubres, com cortes de luz e água e rodeadas de entulho, lama e focos de criação de mosquito
Rio de Janeiro
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1Francisco Marinho limpa o entorno da sua casa para evitar que a água, proveniente de canos quebrados, fique parada e promova a proliferação de mosquitos. Mauro Pimentel. -
2A comunidade de Vila Autódromo virou um grande canteiro de obras para a construção das vias de acesso ao Parque Olímpico. Mauro Pimentel -
3Suely Campos, de 59 anos, na Associação de Moradores da Vila Autódromo, ainda de pé graças a uma medida cautelar de um juiz que impediu que seja derrubada. "Há um interesse imobiliário aqui. Isto acabará sendo um condomínio de luxo, você vai ver. Sai pobre, entra rico", afirma Suely, que mora na comunidade há 22 anos. Mauro Pimentel -
4Conforme os moradores foram abandonando suas casas, dois anos atrás, as retroescavadeiras acabaram com ela elas, deixando um rastro de entulhos que permanece até hoje. Fernando Frazão/Agencia Brasil -
5Dona Dalva Chrispino, de 82 anos, convive com o trânsito constante de caminhões na sua casa, hoje rodeada de lama. "Eu nunca deixei entrar ninguém nesta casa para saber quanto eu receberia por ela. Eu não quero sair. Não havia necessidade de acabar com a comunidade. Falta água, falta luz. Acabaram com os mercados que abasteciam a comunidade. Ai, se o pobre soubesse a força que ele tem...", relata a senhora. Mauro Pimentel -
6De um lado, a Vila Autódromo sobrevive entre casas derrubadas por retroescavadeiras e entulhos, do outro, o Parque Olímpico atinge 97% da sua construção. Mauro Pimentel -
7A beira da Lagoa de Jacarepaguá, sob proteção ambiental, permanece cheia de entulhos. Mauro Pimentel