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Colômbia prepara o traçado de seu novo mapa político

Eleições determinarão os prefeitos e governadores que comandarão a fase pós-conflito

Javier Lafuente
Transeunte passa por cartaz do candidato Rafael Pardo, em Bogotá.
Transeunte passa por cartaz do candidato Rafael Pardo, em Bogotá.G. LEGARIA (AFP)

A Colômbia iniciou a contagem regressiva para a formação de um novo mapa político. Quase um ano e meio depois de o presidente Juan Manuel Santos ser reeleito, reforçando a aposta no processo de paz com a guerrilha FARC –agora próximo de um acordo definitivo–, os colombianos escolherão prefeitos e governadores no próximo domingo. A nação aspira a que seus mandatos representem uma transição entre um país manchado de sangre e outro pacífico. O novo cenário começa a ser desenhado nas urnas.

No caso das duas principais cidades, Bogotá e Medellín, as pesquisas dão certa vantagem a dois candidatos, Enrique Peñalosa e Juan Carlos Vélez, respectivamente, que representam uma guinada ideológica com relação às últimas legislaturas municipais, dominadas por partidos progressistas. Mas, a cinco dias das eleições, nenhum deles conta com a perspectiva de maioria absoluta.

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A capital colombiana decidirá se dá um voto de castigo à esquerda após três mandatos ou se renova sua confiança nesse setor, personificado na candidata Clara López, única mulher com chances de governar alguma das principais cidades do país. Até o momento, todas as pesquisas apontam a vitória de Peñalosa, ex-prefeito e ex-candidato à presidência, do partido Mudança Radical, que em nível nacional é parte da coalizão governista Unidade Nacional –a qual, no entanto, se dividiu na disputa destas eleições locais. O candidato da outra agremiação governista, o Partido do U, também está entre os três candidatos com chances na capital.

Essa divisão servirá também para medir o desgaste da coalizão nacional frente à oposição, dominada pelo partido Centro Democrático, do ex-presidente Álvaro Uribe. Em minoria no Congresso, o uribismo não é capaz de barrar as ações do Governo, mas tem muita força junto à opinião pública. Seu objetivo será obter a maior presença possível nos departamentos (Estados) e municípios, fazendo deles uma trincheira para a oposição ao processo de paz e o fortalecimento de Uribe para as eleições presidenciais de 2018.

Na capital, o candidato uribista, o ex-vice-presidente Francisco Santos, aparece em último lugar entre os quatro candidatos mais mencionados nas pesquisas. Já em Medellín, segunda maior cidade e um dos principais polos econômicos do país, o candidato de Uribe, Juan Carlos Vélez, desponta com grandes chances de encerrar 12 anos de governos municipais de esquerda.

Apesar de as propostas e promessas girarem em torno de assuntos como economia e mobilidade, principalmente no caso de Bogotá, o tema da paz paira sobre os últimos dias da campanha. O Governo dedicou especial ênfase ao fato de que os políticos a serem eleitos no próximo domingo serão os representantes dos colombianos durante a fase pós-conflito.

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