Estados Unidos indenizarão as vítimas de ataque a hospital no Afeganistão
Pentágono admite que o bombardeio foi um erro na cadeia de comando
O Pentágono anunciou que os Estados Unidos pagarão indenizações aos civis feridos e aos familiares dos mortos no ataque americano contra um hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz (Afeganistão).
“O Departamento [de Defesa dos EUA] acredita que precisa encarar as consequências do trágico incidente em Kunduz", afirmou o porta-voz do Pentágono, Peter Cook. “Um passo que o Departamento pode dar é fazer pagamentos por condolências aos civis não combatentes feridos e às famílias de civis não combatentes que foram mortos como resultado das operações militares norte-americanas”, acrescentou.
O porta-voz afirmou que as forças dos EUA no Afeganistão “têm autoridade para fazer pagamentos por condolências e pagamentos destinados à reparação do hospital”, conforme prevê um programa de resposta a emergências. As forças norte-americanas no Afeganistão “trabalharão com os afetados para determinar os pagamentos apropriados”. “Se for necessário e adequado, a Administração solicitará mais autoridade ao Congresso” para realizar esses pagamentos, afirmou.
O Pentágono admitiu que o ataque ao hospital do MSF, em que 22 pessoas morreram, incluindo 12 membros da organização, foi um erro dentro da cadeia de comando dos EUA. O presidente Barack Obama pediu desculpas nesta semana à presidenta do MSF pelo bombardeio que, segundo a ONG, foi um crime de guerra. Além disso, o MSF desmentiu as versões do Afeganistão de que havia terroristas no hospital e que suas instalações estavam na origem de ataques às forças regulares afegãs, razão pela qual Cabul teria pedido aos Estados Unidos que realizassem o bombardeio.
O Departamento de Defesa está investigando o incidente e espera publicar em um mês as conclusões preliminares do seu inquérito. Mas o MSF solicitou a criação de uma comissão de investigação independente, já que não considera que o inquérito do Pentágono possa ser imparcial. O hospital atacado está parcialmente destruído e já não funciona, o que deixou milhões de afegãos sem atendimento especializado em traumatologia, pois esse era o único lugar que oferecia tal serviço no nordeste do país.
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