_
_
_
_

Colômbia denuncia que dois aviões violaram seu espaço aéreo

Aeronaves militares venezuelanas entraram duas vezes em território colombiano Governo pedirá explicações à administração de Nicolás Maduro

La Guajira, região de fronteira entre Colômbia e Venezuela.
La Guajira, região de fronteira entre Colômbia e Venezuela.Fernando Vergara (AP)

O Ministério da Defesa da Colômbia denunciou neste domingo o ingresso sem autorização de dois aviões militares venezuelanos no espaço aéreo colombiano, na tarde de sábado, na região de Alta Guajira, no Norte do país, o que aumenta a tensão na crise de fronteiras entre os dois países, que já completa 22 dias e tem o saldo de 1.482 colombianos deportados e 20.000 outros que se viram obrigados a retornar para o país, segundo números da Organização das Nações Unidas (ONU).

Mais informações
O escritor Héctor Abad explica a crise da fronteira entre Colômbia e Venezuela
Maduro fecha outro trecho da fronteira e pressiona a Colômbia
Crise da fronteira torna-se problema político para a Colômbia
Nicolás Maduro prevê “processo longo” para abrir a fronteira

As aeronaves penetraram primeiro 2,9 quilômetros no território colombiano, numa região desértica do Caribe conhecida como La Majayura, que é habitada por indígenas da etnia Wayúu, e, aparentemente, voltaram rapidamente ao país vizinho. Depois, segundo a versão colombiana, voltaram a entrar, e sobrevoaram uma unidade do Exército, desta vez avançando 2,2 quilômetros na região de La Flor, também em La Guajira. Nas duas ocasiões teriam retornado a Castilletes, ponto que define a fronteira entre os países.

Há 14 dias, meios de comunicação locais relataram que um helicóptero da Força Aérea venezuelana também sobrevoou território colombiano

O Ministério da Defesa anunciou que essa informação já havia sido levada à chancelaria colombiana para que ela pedisse explicações à Venezuela sobre os sobrevoos, que, sem dúvida, acrescentam mais um capítulo à deterioração das relações bilaterais e acontecem bem quando as chanceleres dos dois países, María Ángela Holguín e Delcy Rodríguez, fizeram em Quito, a rogo dos Governos do Equador e do Uruguai, uma reunião que tentava começar a destravar a crise.

Este encontro, o segundo entre as chanceleres desde que Maduro mandou fechar um trecho da fronteira (já são dois trechos), não conseguiu um acordo, e por isso os trabalhos continuarão. Mas o que se espera é que as chanceleres transmitam a seus presidentes o que se avançou na reunião, para que o passo seguinte seja planejar um encontro de cúpula entre os dois mandatários. A Colômbia insiste que é urgente que as famílias separadas, por ter membros colombianos, possam voltar a se reunir e também recuperar seus bens.

Há 14 dias, meios de comunicação locais relataram que um helicóptero da Força Aérea venezuelana também sobrevoou território colombiano no trecho da fronteira que permanece fechado por ordem do presidente Nicolás Maduro. Segundo o jornal La Opinión, de Cúcuta, que divulgou as imagens, na aeronave viajavam o vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, o governador do Estado de Táchira, José Vielma, e vários militares. As autoridades fizeram um voo sobre a ponte que liga Puerto Santander, na Colômbia, a Boca de Grita, na Venezuela, à vista de jornalistas e refugiados que cruzavam a fronteira na confluência dos rios Táchira e Zulia.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_