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China prende 10 executivos da empresa responsável por explosão

Chuva prejudica a eliminação de substâncias perigosas

M. V. L.
Soldados e policiais chineses participam de homenagem às vítimas na terça.
Soldados e policiais chineses participam de homenagem às vítimas na terça.AP

O Governo chinês abriu a temporada de caça e prisão dos responsáveis pelas explosões da semana passada no porto de Tianjin, que deixaram pelo menos 114 mortos e 70 desaparecidos. Dez diretores da companhia Ruihai International Logistics, responsável pelo armazém incendiado, foram detidos para serem interrogados, segundo o Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista da China. Além disso, o órgão disciplinador do partido anunciou a abertura de uma investigação contra o diretor da Administração Estatal da Segurança do Trabalho, Yang Dongliang, uma iniciativa aparentemente relacionada à catástrofe.

Yang é suspeito de “graves violações da disciplina e da lei”, um eufemismo que o Partido Comunista costuma empregar para se referir a casos de corrupção. Nos últimos dias, a imprensa independente chinesa havia apontado possíveis conexões políticas entre os diretores da Ruihai e altos funcionários públicos. Entre os diretores da empresa sob custódia se encontram seu diretor e seu subdiretor.

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A agência oficial de notícias Xinhua publica nesta terça-feira que a Ruihai, fundada há quatro anos, só há dois meses obteve a licença para manipular substâncias perigosas. Entre outubro de 2014 e junho de 2015, a companhia funcionou sem os alvarás necessários, mas mesmo assim empregava produtos tóxicos em suas instalações.

Na zona do parque industrial de Binhai, no porto do Tianjin, prosseguem as tarefas de limpeza destinadas a retirar as substâncias perigosas que se encontravam no armazém. A chuva, que segundo os meteorologistas continuará até quinta-feira, complica a tarefa.

Os contêineres da Ruihai armazenavam quase 700 toneladas de cianeto de sódio, uma substância muito tóxica quando ingerida ou inalada. Teme-se que a chuva possa dispersar mais essa substância. Embora as autoridades municipais insistam que a água e o ar não apresentam concentrações tóxicas perigosas, na segunda-feira oito pontos de controle da água, todos dentro da zona isolada após a explosão, tinham níveis excessivos de cianeto. Traços da substância foram detectados em outros 21 pontos, de um total de 40.

A chuva também poderia dispersar substâncias tóxicas na atmosfera ao evaporar, ou mesmo causar uma reação inflamável com algum dos produtos ainda presentes na área. Como medida de segurança e para evitar vazamentos foi erguido um muro de terra em torno da área de 100.000 metros quadrados (o equivalente a quase 25 campos de futebol) considerada de maior risco. Também foram esvaziados depósitos e tubulações destinados a recolher as águas pluviais.

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