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Grupo aliado ao Estado Islâmico divulga decapitação de croata no Egito

Tomislav Salopek, 30 anos, foi sequestrado quando trabalhava no Cairo em 22 de Julho

Óscar Gutiérrez Garrido
Reprodução do vídeo divulgado pelo Wilayat Sina.
Reprodução do vídeo divulgado pelo Wilayat Sina.AP

O grupo jihadista leal ao Estado Islâmico (EI) no Egito, Wilayat Sina (da Província do Sinai), divulgou nas redes sociais uma foto na qual aparece o refém croata Tomislav Salopek, de 30 anos, supostamente decapitado. A organização divulgou há sete dias um vídeo no qual ameaçava matar Salopek em 48 horas se o Governo do Egito não liberasse “prisioneiras muçulmanas” de suas prisões. O grupo SITE, referência no monitoramento do fenômeno jihadista na Internet, foi quem reuniu as informações.

O jovem, casado e com dois filhos, empregado da empresa francesa CGG, tinha sido sequestrado no Cairo, a capital egípcia, no dia 22 de julho enquanto viajava para o trabalho em um veículo da empresa. O sequestro e assassinato de reféns estrangeiros tem sido uma das táticas usadas pelo Estado islâmico na Síria em sua estratégia de terror e recrutamento de jihadistas.

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Na primeira gravação, como em outros vídeos de sequestros divulgados pelo EI, o próprio Salopek, ajoelhado e vestido com um macacão laranja, lia um texto com a ameaça. O jovem croata estava escoltado por um miliciano uniformizado, com o rosto coberto e uma faca na mão. Atrás deles, aparecia uma bandeira do EI enfiada na areia. Na imagem divulgada pelo grupo terrorista Sina aparece o mesmo cenário, agora sem o suposto carrasco, mas com uma faca ensanguentada no chão.

O Governo croata confirmou no mês passado que um dos seus cidadãos tinha sido sequestrado no Cairo. Se a morte de Salopek for confirmada, a estratégia de sequestros e terror lançada pelo braço egípcio do Estado Islâmico certamente subiria vários degraus. Até agora Wilaya Sina, organização antes conhecida como Ansar Bait al-Maqdis, tinha atuado fora da capital egípcia e concentrava seus ataques no vasto deserto do Sinai.

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