_
_
_
_

Partidos de oposição gregos apoiam Tsipras em negociações

Chefe da equipe negociadora com credores deve substituir Varoufakis nas Finanças

M. A. Sánchez-Vallejo
Tsipras reunido com líderes políticos gregos em Atenas.
Tsipras reunido com líderes políticos gregos em Atenas.Petros Giannakouris (AP)

Os líderes dos principais partidos políticos gregos demonstraram seu apoio nesta segunda-feira ao primeiro-ministro Alexis Tsipras na negociação com os parceiros europeus. Os representantes dos partidos Nova Democracia, do liberal To Potami, o socialista Pasok, o comunista KKE e a legenda Gregos Independentes (ANEL, aliado do Governo de Tsipras) fecharam um acordo para elaborar um texto comum de apoio ao Executivo grego nas conversas com os credores, segundo anunciou Panagiotis Kamenos, ministro da Defesa e representante do ANEL, informou a agência Reuters.

Mais informações
Grécia, um Lehman Brothers em potencial para a zona do euro
Ministro das Finanças renuncia para “facilitar negociação”
Alemanha descarta novas ajudas se a Grécia não aceitar as reformas
América Latina aguarda o efeito da vitória do ‘não’ na Grécia

Os líderes se reuniram com Tsipras em Atenas nesta segunda-feira depois de um sonoro não dos gregos à proposta europeia no referendo de domingo. A reunião foi realizada sob o âmbito do conselho de líderes políticos, um mecanismo institucional convocado apenas em casos de crise e a pedido do presidente da República; Nikos Mijaloliakos, líder do partido neonazista Aurora Dourada, não participou da reunião.

O resultado do referendo realizado no domingo na Grécia não apenas abre um novo e incerto capítulo nas relações com os parceiros e com a Europa, mas também precipitou um turbilhão de acontecimentos políticos no país. Depois da demissão na noite de domingo do líder conservador Andonis Samarás — principal coordenador da frente informal a favor do sim na consulta —, a renúncia do polêmico ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, dominou as manchetes, que destacam sua saída do Executivo como forma de promover o diálogo com as instituições, interrompidas desde o anúncio do referendo na Grécia. O polêmico economista anunciou sua renúncia em seu blog, onde não perdeu a oportunidade de repreender seus colegas do Eurogrupo com frases como "levarei seu ódio com orgulho".

Para substituí-lo no Ministério das Finanças, o Governo escolheu o homem que já despontava com insistência: Efklidis Tsakalotos, renomado economista que desde abril comanda as negociações com os credores. Tsakalotos tem vantagens sobre Varoufakis, como suas maneiras educadas e sua disposição ao diálogo, mas todas as fontes consultadas concordam que, ideologicamente, é mais radical do que Varoufakis e, ao contrário do ex-ministro, faz parte do núcleo do Syriza.

A renúncia de Varoufakis conseguiu ofuscar eventos de grande importância, muito mais relevantes para o futuro imediato do país do que sua saída do Executivo. Depois de o primeiro-ministro Alexis Tsipras ter feito um chamamento à unidade nacional em seu breve discurso após o referendo, o Governo grego se articulou para incorporar de uma forma ou de outra os partidos de oposição ao processo.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_