_
_
_
_

Tiroteio entre polícia do México e criminosos deixa 43 mortos

Confrontos ocorreram a poucos quilômetros de onde foi morto um candidato a prefeito

Policiais em Tanhuato.
Policiais em Tanhuato.HECTOR GUERRERO (AFP)

Um confronto entre policiais e supostos criminosos deixou ao menos 43 mortos no Estado de Michoacán, no sul do México. Os ataques ocorreram no município de Tanhuato, a 450 quilômetros da capital mexicana e localizado no limite entre Michoacán e Jalisco, dois Estados que são fundamentais na estratégia de segurança do presidente Enrique Peña Nieto.

Entre os mortos estão pelo menos 41 civis e dois policiais federais, segundo uma fonte de segurança, que pediu anonimato. A troca de tiros começou na manhã desta sexta-feira. As informações oficiais indicam que um comboio da Polícia Federal mexicana foi atacado por um grupo armado.

O governador interino de Michoacán, Salvador Jara Guerrero, disse que há ainda cinco detidos e três feridos.

Mais informações
Dois candidatos são assassinados em menos de 24 horas no México
Não há paz em Tierra Caliente
Polícia prende um dos cérebros do crime em Iguala
Ofensiva do narcotráfico põe em xeque o coração do México

Michoacán é um dos Estados mais instáveis do México, mas a região onde aconteceu o ataque é ainda mais. É um território em disputa há pelo menos cinco anos, por sua localização estratégica para o tráfico de drogas. Está a poucos quilômetros de La Barca (Jalisco), onde foi encontrada uma das valas comuns mais numerosas do México: ao menos 67 mortos, a grande maioria ainda sem identificação. Tanhuato também é vizinha de Yurécuaro, onde o candidato a prefeito Enrique Hernández foi assassinado em pleno comício. O México terá eleições regionais em 7 de junho.

Tanhuato e Yurécuaro são dois municípios com o mesmo contexto. Enrique Hernández, um dos líderes das forças de autodefesa criadas em fevereiro de 2013 para se defender com armas do crime organizado, havia sido acusado no ano passado de assassinato do prefeito do Tanhuato, Gustavo Garibay, em abril de 2014. Hernández foi detido sem mandado judicial e afirmou à Comissão de Direitos Humanos de Michoacán que havia sido torturado para fazer uma confissão. Meses mais tarde foi solto por falta de provas que o relacionassem ao assassinato.

Apesar de a região de Tierra Caliente, em Michoacán, ter centralizado a atenção midiática desde o lançamento das forças de autodefesa, há mais de dois anos, a distância entre Tanhuato e Apatzingán, o epicentro de Tierra Caliente, é de quase quatro horas de carro. O assassinato mais grave ocorrido contra um militar no México, o vice-almirante Carlos Salazar, aconteceu também em um município distante do suposto foco central das autodefesas: em Churintzio, a 40 minutos de Tanhuato e também na estrada entre Jalisco e Michoacán.

O Gabinete de Segurança do México anunciou que determinou a mobilização de membros do Exército e da Marinha à região para restabelecer a segurança. O Governo mexicano ainda não informou sobre qualquer relato oficial a respeito dos fatos ocorridos nesta sexta-feira.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_