Quinze mineiros ficam presos em duas minas de ouro na Colômbia
As minas, situadas à beira de um rio e em processo de legalização, foram inundadas
A doze metros do rio Cauca, no município de Riosucio, centro da Colômbia, estão as duas minas de ouro que foram inundadas, segundo as primeiras versões, após uma falha no sistema de energia elétrica que impediu o trabalho das bombas que tiravam a água do rio, vitais para o trabalho dos mineiros. Segundo o relato de um deles, que conseguiu sair, os trabalhadores não tiveram tempo de reagir. “A terra começou a se mover. Todos começaram a gritar. O ar que entra com a água é como um furacão lá dentro. Todos começamos a correr”, narrou Yeison Gutiérrez à revista Semana.
A tragédia ocorreu na manhã de quarta-feira, quando o apagão das bombas, essenciais para que os mineiros pudessem entrar nas minas, provocou a emergência que deixou, segundo as autoridades, 15 famílias ansiosas por conhecer a sorte de seus entes queridos. Leonardo Mejía, um dos donos da mina, contou à Rádio Caracol que havia 60 pessoas no momento da tragédia e que 45 puderam sair da gruta. Também disse que está em andamento o processo de legalização da mina perante as autoridades de mineração e que os trabalhadores não tinham contrato de trabalho nem os serviços exigidos por lei.
No lugar, conhecido como El Playón, trabalham engenheiros e mecânicos especialistas em salvamento da Agência Nacional de Mineração (ANM), além de dezenas de socorristas. Eles se concentram em retirar a água que entrou na mina. Segundo William Lozano, encarregado da equipe da ANM, a tragédia ocorreu em três escavações verticais artesanais chamadas “cúbicos”, que têm 28, 14 e 17 metros de profundidade. Esses túneis foram construídos ao lado do rio, uma forma artesanal de mineração comum na região.
Segundo o sobrevivente citado por Semana, geralmente a empresa que fornece energia avisa os mineiros quando há previsão de corte. Nesse caso, contudo, o aviso não chegou. “Eles sabem que nós dependemos disso”, disse Gutiérrez. Agora se sabe, segundo confirmou a Central Hidrelétrica de Caldas, que o transformador que alimentava as minas não estava registrado. “Foi instalado sem autorização da empresa e sem respeitar os requisitos técnicos, ou seja, de maneira ilegal”, diz o comunicado. A empresa esclareceu que ocorreu um curto-circuito na zona da tragédia em virtude de uma demanda excessiva ou de falhas devidas à inundação.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.