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Iberia aterrissa no Brasil para conquistar a América Latina

A companhia aérea investe no país para abrir a porta a um gigantesco mercado

María Martín
O presidente da Iberia Luis Gallego em São Paulo.
O presidente da Iberia Luis Gallego em São Paulo.Victor Moriyama

Uma comitiva de altos executivos da Iberia chegou a São Paulo na última semana para demonstrar que a empresa vai apostar forte nos mercados deste lado do Atlântico, onde já é líder em número de voos. A companhia aérea escolheu o Brasil como primeiro destino estrangeiro para apresentar a Iberia ressurgida das cinzas: depois de uma reestruturação que terminou com a demissão de mais de 2.500 empregados e um severo ajuste de gastos, a companhia, que havia seis anos fechava em negativo, concluiu 2014 com 50 milhões de benefícios pelas suas operações (311 milhões em perdas sem se ter em conta os efeitos, como o tipo de câmbio na Venezuela ou o custo do ajuste de empregos).

Uma ambiciosa campanha de publicidade já está nas televisões e ruas brasileiras, novos aviões nos aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, além de um acordo assinado com a TAM que levará os clientes da Iberia para 11 novas cidades brasileiras. “Este é o primeiro mercado no qual estamos fazendo um investimento importante depois da reestruturação, estamos otimistas porque no ano passado aumentamos a capacidade dos aviões e a demanda reagiu”, afirmou o presidente da companhia, Luis Gallego.

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Iberia quer aumentar seu mercado no Brasil, segundo destino dos investimentos espanhóis, apesar de que o país atravessa uma crise política e econômica que, além de desvalorizar o real, ameaça com um ano em recessão. “A reestruturação da Iberia aconteceu também em um momento de crise, da empresa e da Espanha, não estava claro para onde ia o país e, mesmo assim, apostamos. No Brasil acontece o mesmo, temos certeza de que não nos equivocamos. É um mercado onde a demanda responde e será um dos mercados mais importantes para nós”, diz Gallego.

Outras portas de entrada na região vão se abrir em junho nas cidades colombianas de Cali e Medellín, novas rotas longas que se somam a outras que, como Cuba, foram fechadas por não serem rentáveis. Depois da abertura do diálogo dos irmãos Castro com os Estados Unidos, a ilha será outro dos destinos estrela da Europa. “Estas novas rotas são uma aposta clara pela América Latina. Temos um departamento de rede que analisa dia a dia, à medida que os custos da empresa estão diminuindo, quais rotas novas fazem sentido e em quais novos mercados queremos entrar. A América Latina, claro, é um lugar onde queremos continuar sendo líderes, mas exploramos alternativas na África e na Ásia”, afirma Gallego.

O presidente, que comandou a cirurgia que mudou a imagem e as contas da Iberia em dois anos, nega-se a nomear quais cidades alternativas ainda estão em estudo. “Divulgaremos quando estivermos seguros de que faz sentido, já voamos no passado para Tóquio e paramos. Se fossem rotas que tivéssemos certeza que são rentáveis, já estaríamos fazendo.” Gallego afirma que precisam analisar os novos destinos com muito detalhe e que a Iberia não faz mais experimentos.

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