Obama decreta novas sanções contra altos funcionários da Venezuela
Presidente dos EUA declara país sul-americano “ameaça à segurança nacional”
O presidente Barack Obama endureceu nesta segunda-feira a posição de Washington em relação à Venezuela, ao declarar uma “emergência nacional” o país sul-americano, devido à “ameaça não usual e extraordinária à segurança nacional e à política exterior” que, afirma, a “situação” venezuelana representa para os Estados Unidos. Junto com isso, Obama determinou a imposição de sanções contra sete altos funcionários do setor de segurança do Governo de Nicolás Maduro, que considera “responsáveis pela erosão dos direitos humanos” no país desde as manifestações do ano passado.
“Estamos profundamente preocupados com os esforços do Governo venezuelano para aumentar a intimidação de seus oponentes políticos”, informou a Casa Branca ao anunciar as medidas em um comunicado, no qual pediu mais uma vez a libertação de “todos os presos políticos” na Venezuela, incluindo “dezenas de estudantes, o líder da oposição Leopoldo López e os prefeitos Daniel Ceballos e Antonio Ledezma”.
Os alvos das sanções são o diretor-geral do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), Gustavo Enrique González López, e seu antecessor, Manuel Gregorio Bernal Martínez, assim como Manuel Eduardo Pérez Urdaneta, diretor da Polícia Nacional Bolivariana da Venezuela.
A eles se unem Antonio Jose Benavides Torres, que dirigiu as operações da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) da Venezuela durante as manifestações de 2014, e o também ex-comandante-geral da GNB Justo José Noguera Pietri, atualmente presidente da estatal Corporación Venezolana de Guayana (CVG). Também estão na lista de sancionados a promotora Katherine Nayarith Haringhton Padrón — responsável, entre outras coisas, pela acusação contra o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma — e o inspetor-geral da Força Armada Nacional Bolivariana (UFANB), Miguel Alcides Vivas Landino.
As sanções implicam no congelamento de bens que os atingidos possam ter em território norte-americano e a proibição de realizar transações econômicas com eles. Os EUA também proibiram seu ingresso no país.
As medidas se baseiam na Lei de Defesa dos Direitos Humanos e da Sociedade Civil da Venezuela 2014, que Obama assinou em 18 de dezembro, apenas um dia depois de anunciar a normalização das relações com Cuba, o principal aliado de Caracas.
“É lamentável que no momento em que nos abrimos a interagir com todas as nações das Américas, a Venezuela tenha escolhido ir na direção oposta”, declarou a Casa Branca.
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