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Dois terroristas são mortos na Bélgica em operação contra o jihadismo

A polícia conduziu duas operações ao mesmo tempo, em Verviers e em Bruxelas Autoridades: jihadistas tinham "capacidade para atentados de envergadura"

Uma operação antiterrorista na Bélgica teve como saldo a morte de dois supostos jihadistas na localidade de Verviers, anunciou o Ministério Público, que convocou urgentemente a imprensa no final da tarde desta quinta-feira para informar sobre o ocorrido. Há um terceiro suposto terrorista detido. Eles possuíam armas de guerra e “capacidade para cometer atentados de envergadura de modo iminente” no país, afirmou o Ministério Público. A Bélgica elevou o nível de alerta antiterrorista de 2 para 3, em uma escala de 4. O país mantém estreito cerco policial nos últimos dias por causa da onda expansiva dos atentados na França. Algumas das armas dos ataques foram adquiridas na Bélgica, segundo as primeiras pistas investigadas pela polícia.

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A rede pública em francês RTBF mostrou imagens de Verviers, localidade do leste do país, com a polícia nas ruas. Alguns órgãos da mídia informaram que há uma terceira pessoa ferida – todas eles supostos jihadistas europeus recém-retornados da Síria e que estavam sendo submetidos a vigilância. Nas redes sociais, vários depoimentos confirmam esse deslocamento policial no centro da cidade, segundo a agência France Presse. E garantem que ocorreram várias explosões. Algumas testemunhas afirmam ter escutado um tiroteio durante alguns minutos e pelo menos três explosões, segundo a rede britânica BBC.

O bairro, em plena região central da cidade, ficou cercado e há ambulâncias na área, de acordo como jornal Le Soir. A polícia não removeu os moradores, mas lhes pediu que fiquem em suas casas. “A operação está em andamento”, garantiu à France Presse uma fonte da Prefeitura, sem dar muitos detalhes.

Além dessa operação, durante todo o dia houve uma outra em Bruxelas, onde a polícia procurava também um grupo de retornados da Síria que já tinham sido localizados. As escutas a que tinham sido submetidos revelaram supostamente sua intenção de promover um atentado na capital belga, depois dos ataques de Paris.

A Bélgica é um dos países com maior número dos chamados combatentes estrangeiros que viajam à Síria e ao Iraque para se alistarem nas fileiras dos grupos mais radicais que combatem Bashar al Assad. As autoridades calcularam que são 300 pessoas e o Governo federal liderou uma iniciativa de vários países europeus que tentam adotar rápidas medidas para enfrentar esse fenômeno.

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