Tumulto em festa de Ano Novo em Xangai deixa ao menos 36 mortos
Corre-corre teria começado depois do lançamento de falsas notas de 100 dólares
Pelo menos 36 pessoas morreram pisoteadas e 47 ficaram feridas em um tumulto durante os festejos de Ano-Novo na cidade chinesa de Xangai. O acidente ocorreu às 23h55 pela hora local (13h35 em Brasília) enquanto dezenas de milhares de pessoas se reuniam na região de Bund, uma área de pedestres na parte oeste do rio Huangpu, famosa por seus edifícios e um destino popular para celebrar a passagem do ano.
Várias testemunhas afirmaram à agência oficial chinesa Xinhua que o corre-corre da multidão começou na praça de Chenyi com o lançamento de papéis parecidos com notas de 100 dólares de um dos bares do calçadão. As pessoas começaram a se empurrar para pegar algum deles: “De repente não nos podíamos mexer e comecei a escutar gritos com pedidos de ajuda”, relatou Xiao Ji, na rede social Weibo –o Twitter chinês -, que estava entre a multidão no momento do corre-corre. “Tentei tirar duas pessoas e a polícia também ajudava, mas havia gente demais. Então, vi vários que estavam inconscientes, e me assustei”, diz.
Outras testemunhas garantem que o tumulto se formou quando bloquearam o acesso a uma das plataformas que servem de mirante na área: “As escadarias estavam cheias de gente. Nós ficamos presos no meio e vimos algumas garotas que gritavam e perdiam o equilíbrio. Então, as pessoas começaram a cair embaixo, uma fileira atrás da outra”, disse à agência Xinhua uma mulher de sobrenome Yin. A polícia está investigando as causas exatas do acidente.
A idade dos mortos oscila entre 16 e 26 anos, segundo informaram as autoridades de Xangai. A maioria dos 47 feridos, cinco deles em estado crítico, é formada por estudantes universitários, embora também haja algumas crianças.
O presidente da China, Xi Jinping, fez um chamado às autoridades da metrópole chinesa para que realizem uma investigação “imediata” para esclarecer o que provocou o tumulto e evitar que esse tipo de acidentes volte a acontecer. As autoridades já haviam ordenado a suspensão de um espetáculo de luzes e raios tridimensionais que reuniu mais de 300.000 pessoas no ano passado. “É preciso aprender a lição”, disse Xi, que pediu que se garanta a segurança das pessoas, tendo em vista as próximas celebrações do Ano-Novo lunar chinês. Já o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, instou as autoridades locais a concentrarem “todos os esforços possíveis” para cuidar dos feridos e consolar as famílias das vítimas.
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