Polícia procura assassino de turista italiana em Jericoacoara
Três dias depois do assassinato de Gaia Molinari, de 29 anos, os agentes procuram um suspeito estrangeiro, segundo jornal local
![A italiana Gaia Molinari em uma imagem de Facebook.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/K52SPQGWJXOOT5OPNDAJFB3ZP4.jpg?auth=526e158cfcd03f950510f58ef53e6ebdc486d0636ce14b113e30482263170c4b&width=414)
Três dias depois do assassinato da turista italiana Gaia Molinari, encontrada morta no Dia de Natal em Jijoca de Jericoacoara (a 287 quilômetros de Fortaleza), a Polícia Civil do Ceará descarta apenas o roubo como motivo do estrangulamento. Dois suspeitos da região que foram detidos na sexta-feira foram liberados por falta de provas, e os agentes procuram agora um cidadão estrangeiro, segundo o Diário do Nordeste, como autor do homicídio. A polícia não confirmou essa hipótese e não ofereceu mais detalhes sobre a investigação, para proteger seu desenvolvimento.
O corpo da jovem, de 29 anos, foi encontrado ao meio-dia da quinta-feira, dia 25, por um casal de turistas em um matagal de Serrote, perto da praia de Jericoacoara, uma área de preservação ambiental sem acesso a carros, muito visitada nesse destino tropical conhecido como “o paraíso do Nordeste”. Gaia Molinari, natural de Piacenza e residente em Paris, estava há vários meses trabalhando em uma instituição social em São Paulo (onde também dava aulas de inglês para crianças carentes) e tinha chegado a Fortaleza em 16 de dezembro, como informa o vice-cônsul italiano na cidade. Tinha se hospedado em um albergue em troca de ajudar na recepção e na cozinha, como era seu costume quando viajava, segundo relataram pessoas próximas à vítima no Brasil e na Itália.
Em Fortaleza, conheceu uma brasileira moradora do Rio de Janeiro, Mirian França, com quem viajou para Jericoacoara e cujo testemunho estaria sendo de grande ajuda para a polícia. Segundo se divulgou, elas pretendiam permanecer no balneário até a véspera do Natal e seguir viagem, mas Molinari decidiu ficar mais uns dias e se despediu de sua colega na quarta-feira, que continuou a viagem e foi localizada pela Polícia depois do evento macabro.
A polícia mantém abertas todas as linhas de investigação. Segundo a vice-delegada Patricia Bezerra, não há indícios aparentes de violência sexual, mas os resultados oficiais da autópsia (que já confirmou a morte por asfixia) estão sendo aguardados. O corpo não apresentava rigor mortis, o que permite supor que não se passaram muitas horas entre o momento do falecimento e a localização do corpo.
Paola Bonelli, proprietária do albergue de Jericoacoara onde Molinari e França se hospedavam, afirmou ao jornal O Povo que ela era “uma pessoa maravilhosa, extremamente amigável e sociável, do tipo que não distingue as pessoas boas das ruins”. “Estamos todos comovidos”, disse Bonelli, referindo-se a uma comunidade com forte ascendência italiana e acostumada a receber multidões de turistas do país dos Apeninos.