‘Lutadores do ebola’, os personagens do ano da revista ‘Time’
Publicação volta a eleger um coletivo, como fez em 2011 com os manifestantes
No Dia Internacional dos Direitos Humanos, a revista Time nomeou nesta quarta-feira todos os profissionais de saúde que lutam contra o vírus ebola como personagens do ano 2014. Com esse reconhecimento, os homenageados sucedem o papa Francisco em uma capa de destaque que resume, ano após ano, as figuras de cada momento.
Como ocorreu em 2011, quando a Time elegeu o manifestante como personagem do ano, os editores da revista voltaram a homenagear um coletivo. Desta vez, os “lutadores contra o ebola” ocupam as cinco capas criadas pela publicação.
A diretora da revista norte-americana, Nancy Gibbs, explicou a decisão referindo-se ao “pesadelo” que se tornou uma doença que, até agora, estava restrita à África. O surto, que já custou mais de 6.000 vidas em Guiné, Serra Leoa e Libéria, afetou médicos e enfermeiros de uma forma “sem precedentes”.
Uma das enfermeiras norte-americanas que sobreviveram ao vírus, Nina Pham, comentou em sua conta no Twitter sobre a “honra” que significava para ela sair na revista Time. Pham, junto a outra enfermeira, foi contagiada através de Thomas Duncan, um cidadão com nacionalidade liberiana que recebeu tratamento no Hospital Presbiteriano de Dallas (Texas), e que não superou o ebola.
“Qualquer um que trate vítimas de ebola corre o risco de se tornar uma”, afirmou Gibbs, que considera “heróis” aqueles que se arriscaram para ajudar pessoas doentes. A Time reproduz o depoimento de alguns desses “lutadores”, entre eles o norte-americano Kent Brantly, que sobreviveu à doença após ser repatriado para os Estados Unidos.
Medo
Para a Time, a epidemia de ebola também é a do "medo". A diretora da revista lembrou os casos de um instituto de Ohio que não admitiu inscrições de alunos da Nigéria e o sacrifício do cachorro Excalibur, da auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero.
“O ebola é uma guerra e uma advertência. O sistema de saúde global não chega nem perto de nos proteger de doenças infecciosas, e nós significa todos”, acrescentou Gibbs, que concluiu seu texto recordando que, graças à luta de alguns poucos profissionais de saúde, “o resto do mundo pode dormir”.
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