OMS eleva para quase 5.000 o número mortos pela epidemia de ebola
Organização estima em mais de 10.000 os infectados pelo vírus em oito países
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou no sábado que o número de casos de ebola superou os 10.000 em oito países afetados, dois dos quais, Nigéria e Senegal, foram recentemente declarados livres da doença. Do total de 10.141 infectados, 4.922 morreram, segundo os dados divulgados pela OMS sobre a situação da epidemia de ebola.
A organização contabiliza 4.655 contágios na Libéria, 3.896 em Serra Leoa, 1.553 na Guiné, 20 na Nigéria, quatro nos Estados Unidos e um no Senegal, Espanha e Mali.
O último balanço inclui a menina de dois anos que morreu no Mali, um caso que gerou muita preocupação já que a menor fez um longo percurso desde a Guiné – onde morreu sua mãe – esteve em contato com muita gente. Mais de 50 pessoas estão em observação, dez delas na capital, Bamako, conforme informou no sábado o Ministério da Saúde do Mali.
Há uma semana, a Nigéria e o Senegal foram declarados livres de ebola depois de 42 dias (o dobro do período máximo de incubação, de 21 dias) sem que ninguém tenha apresentado os sintomas. A Espanha estará livre de ebola em 2 de dezembro se não houver nenhum novo caso depois da cura da auxiliar de enfermaria Teresa Romero, a primeira a contrair o vírus fora da África.
Nos sete meses da epidemia, 450 profissionais da saúde foram infectados, 228 na Libéria, 127 em Serra Leoa, 80 na Guiné, três nos Estados Unidos e um na Espanha. Mais da metade deles (244) faleceu por causa do vírus, explica a OMS.
A organização espera iniciar os testes de eficácia de uma vacina contra o ebola na África em dezembro. Em menos de uma semana adiantou a data em um mês, crucial para levar a luta contra a doença aos países afetados. A diretora adjunta da OMS, Marie-Paul Kiney, explicou na sexta-feira que além dos dois protótipos que estão sendo testados nos Estados Unidos, Reino Unido e Mali, existem mais cinco vacinas que podem começar a ser testadas em janeiro de 2015.
Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu que as pessoas “se orientem pela ciência e não pelo medo”, depois do primeiro diagnóstico na populosa cidade de Nova York – um médico infectado na Guiné.
“Temos de nos orientar pela ciência, pelos fatos; não pelo medo. Ontem, os nova-iorquinos nos mostraram como se faz. Fizeram o que fazem todos os dias. Andaram de ônibus, de metrô, de elevador, foram trabalhar e se reuniram nos parques”, disse Obama em seu discurso deste sábado, que nesta semana foi dedicado outra vez ao ebola.
Com isso Obama quis mandar mais uma mensagem tranquilizadora à nação, numa semana em que, enquanto três pacientes em tratamento superavam a doença, chegava a notícia do caso em Nova York.
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