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Uma jovem e um soldado judeus morrem apunhalados por palestinos

Nas últimas três semanas, dois atentados terroristas em Jerusalém deixaram seis mortos

O local do apuñalamiento, em Tel Aviv, o 10 de novembro / Foto e vídeo de ReutersFoto: reuters_live

Uma jovem faleceu nesta segunda-feira em um ataque cometido por um indivíduo em um bloco de colônias de Gush Etzion, na Cisjordânia. A vítima tinha 25 anos, segundo as primeiras informações. O agressor, que foi abatido por um guarda de segurança, tentou primeiro investir contra um grupo de pessoas. Ao não conseguir seu objetivo, continuou com seu veículo até um ponto de ônibus e ali parou. Foi nesse momento que começou a apunhalar os transeuntes. Duas pessoas permanecem feridas.

Não é a única vítima mortal do dia. Um soldado israelense de uns 20 anos que resultou ferido muito grave em Tel Aviv, em um apunhalamento que a Polícia investiga como um suposto “atentado terrorista com motivações nacionalistas”, faleceu horas depois. O ataque ocorreu no exterior da estação de trem de Haganah, uma das principais da cidade. As imagens que foram divulgadas pela imprensa local evidenciam que a vítima havia perdido muito sangue e que, apesar da ajuda recebida no local pelos paramédicos e de ser levado a um hospital, o militar não sobreviveu.

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Bentzi Sau, chefe da Polícia de Tel Aviv, confirma que os agentes de segurança detiveram o suposto agressor a umas ruas do lugar do ataque, um palestino de 25 anos residente em Nablus, ao norte da Cisjordânia. Está levemente ferido pela briga mantida com os guardas de segurança do recinto. A estação de trem foi fechada temporariamente.

Nas últimas três semanas, aconteceram dois atentados terroristas em Jerusalém com atropelamentos intencionais que deixaram seis mortos – três civis, um policial e os dois motoristas, mortos a tiros –, mais o tiroteio contra um rabino ultranacionalista, Yehuda Glick, que continua internado em estado grave, elevando a tensão a níveis desconhecidos desde a Segunda Intifada (2000-2005). Se for confirmado o ataque de hoje, seria o quarto atentado desde 22 de outubro.

Ontem mesmo, em Tel Aviv, aconteceram choques entre a polícia israelense e jovens árabes de Jaffa que se solidarizavam com Jair al Din al Hamdan, um rapaz palestino de 22 anos morto no sábado por uma patrulha no norte do país, na vila árabe de Kfar Kama (Baixa Galileia). O caso está sendo investigado porque a vítima foi atingida em zonas vitais – peito e cabeça – depois de tentar agredir com uma faca um carro policial blindado e quando já estava fugindo, por isso suspeita-se que a atuação dos agentes pode ter sido desproporcional. Além disso, o corpo do jovem foi arrastado até o veículo e os policiais não chamaram a ambulância.

O caso gerou dois dias consecutivos de incidentes sérios na zona de Nazaré, transferindo a fúria vivida estas semanas no leste de Jerusalém e Cisjordânia para o território israelense. A greve geral de comerciantes e estudantes deixou praticamente parada a zona e levou à convocação de protestos com mais de 5.000 participantes em cidades com ampla presença árabe, como Haifa.

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