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Desemprego dos EUA fica abaixo de 6% pela primeira vez desde 2008

A primeira potência mundial cria 248.000 empregos no mês de setembro

A economia dos Estados Unidos avança em sua recuperação gradual. No mês de setembro, a primeira potência mundial criou 248.000 empregos, o que representa tendência a uma alta sólida diante dos 180.000 de agosto, segundo o último dado revisado daquele mês. O índice de desemprego, assim, caiu dois décimos, para 5,9%, o mais baixo desde julho de 2008. A evolução do mercado de trabalho em setembro pode forçar o Federal Reserve a antecipar sua estratégia no sentido de alta de juros.

O consenso dos analistas antecipava a criação de 215.000 empregos e o mercado especulava porque o desemprego não passava de 6,1%. Mas também havia o temor de que pudesse haver surpresas, porque as estatísticas indicam que setembro costuma ser um mês preguiçoso no mercado de trabalho. No caso, além disso, jogam menos os fatores estacionários, o que teria provocado uma moderação do crescimento. Nos dois anos anteriores, no mesmo mês 160.000 vagas foram criadas.

O dado de agosto melhora também a média de 213.000 empregos criados no último ano. Com as eleições de meio mandato batendo à porta, o presidente Barack Obama dedicou um discurso na quinta-feira às conquistas obtidas graças a sua política. A mensagem foi otimista. Disse que o mercado de trabalho se recuperou e que agora é hora de aumentar os salários e melhorar a qualidade do trabalho. Durante seu mandato, as famílias perderam 2.100 dólares em receita.

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O aumento da contratação e a queda do desemprego não se refletindo nos salários. Em parte porque a economia não cresce tão rápido e também porque há muita gente afastada do mercado de trabalho. O índice de participação é de 62,7%. A isso se somam os 7,1 milhões forçados a trabalhar em tempo parcial e ao fato de boa parte da criação de empregos ter ocorrido em setores de baixa remuneração. Essa dicotomia confirma a estratégia de Janet Yellen, do FED.

A evolução do emprego é o indicador principal que o Federal Reserve acompanha em função da primeira alta de juros há oito anos. É algo que deve acontecer entre março e junho de 2015. Em outubro, está previsto que o banco central desmanche o programa de compra de dívida, cortando os últimos 15 bilhões de dólares. O recuo começou em dezembro.

Na última reunião em setembro, o FED disse que espera que o crescimento para este ano ronde os 2,1% para chegar a 2,8% em 2015. Espera-se que o desemprego se mantenha em 6% até o fim de 2014 e que caia para 5,5% no fim do próximo ano. A inflação está a um nível que permite ganhar tempo antes se de dar o próximo passo no sentido da volta à normalidade. Yellen quer fazer as coisas com calma.

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