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A terceira ofensiva contra a Faixa de Gaza desde que o Hamas controla o território

Israel lançou intervenções militares no território palestino em 2008 e 2012

Uma mulher depois do bombardeio de sua casa em Gaza.Foto: reuters_live

Margem Protetora. Foi como o Exército de Israel batizou a nova operação militar contra a Faixa de Gaza, território de 360 quilômetros quadrados em que vivem 1,8 milhão de palestinos e que é controlado pelo grupo islâmico Hamas, considerado terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia.

De acordo com as Forças Armadas de Israel, o objetivo da ofensiva é frear os ataques com foguetes lançados contra o território israelense pelo grupo islâmico Hamas. Foi o mesmo motivo apresentado nas operações Chumbo Fundido e Pilar Defensivo, nomes dados aos ataques de Israel contra o território em 2008 e 2012, respectivamente.

Desta vez, a violência se intensificou no último dia 2 de julho, quando um jovem palestino foi sequestrado e assassinado – a autópsia indica que foi queimado vivo – por um grupo de judeus extremistas, como vingança pelo assassinato de Gilad Shaar, Neftali Fraenkel e Eyal Yifrah, três jovens de 16 a 19 anos que pediam carona na saída de uma escola religiosa próxima de um assentamento israelense na Cisjordânia.

As milícias palestinas não demoraram a lançar foguetes contra Israel desde a Faixa de Gaza, numa resposta dada pelo grupo islâmico que governa o território desde 2007. O Exército começou a bombardear Gaza dentro de sua terceira grande operação para “frear o lançamento de foguetes”, segundo declarou, e enfraquecer o Hamas.

Até o momento, Israel enviou tropas à fronteira com Gaza e mobilizou 1.500 reservistas.

Dois anos atrás, na operação Pilar Defensivo, houve oito dias de bombardeios intensos em que morreram seis israelenses e quase 170 palestinos, incluindo civis. A operação envolveu a mobilização de 70 mil reservistas israelenses.

Em 2008, a operação Chumbo Fundido – a investida mais dura contra a Faixa de Gaza desde que Hamas assumiu o controle – durou 22 dias e deixou um saldo de 1.400 palestinos e nove israelenses mortos, segundo a ONG israelense Betselem. Os mortos foram em sua maioria civis.

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