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LISTA ANUAL DA FORBES

Janet Yellen é a segunda mulher mais poderosa, dois postos à frente de Rousseff

A chefe do banco central dos EUA estreia na lista da Forbes atrás apenas da alemã Angela Merkel. Dilma Rousseff caiu dois postos no ranking, que também tem Graça Foster e Gisele Bündchen

Janet Yellen, durante graduação em Nova York.
Janet Yellen, durante graduação em Nova York.Andrew Burton (AFP)

Velhos rostos conhecidos estão no topo da lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo, publicada anualmente pela revista Forbes. Mas há uma personalidade que irrompe com força na cena internacional. Janet Yellen, presidenta da Federal Reserve, o banco central norte-americano, estreia na lista, que completa dez anos nesta edição, como a segunda mais influente do grupo, dois postos à frente da presidenta Dilma Rousseff, que caiu duas posições.

As norte-americanas dominam, com 58 nomes. Atrás delas estão as asiáticas, com 23 nomes na lista. Quanto à América Latina, também está representada pela presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner (19º), e do Chile, Michelle Bachelet (25º), além da presidenta da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster (16º) e de Shakira Mebarak (58º), Gisele Bündchen (89º) e Sofía Vergara (32º). A ala europeia é completada pela italiana Miuccia Prada (75º).

Yellen se posiciona entre a primeira-ministra alemã Angela Merkel e a ativista Melinda Gates. De todas elas, 14 são multimilionárias. A sua presença, na verdade, não é nenhuma surpresa, depois que assumiu, em 1º de fevereiro, o banco central mais poderoso do planeta, um mundo em que as mulheres só dominam por sua ausência. No topo do ranking, mais precisamente no quinto lugar, também está a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde.

Merkel consegue assim manter seus quatro anos de reinado à frente da "novata". Janet Yellen não é a única debutante da lista. Há cerca de 20 caras novas, como Samantha Power, atual embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU); Elvira Nabiullina, diretora do banco central russo; Patricia Harris, responsável por toda a máquina filantrópica de Michael Bloomberg; a empresária chinesa Lucy Peng, do Alibaba; e Gwynne Shotwell, da companhia espacial SpaceX.

Se o que se observa é a lista em retrospectiva, há oito nomes permanentes. Além de Christine Lagarde e Melinda Gates, sempre se repetem a presidenciável Hillary Clinton, em sexto lugar, e Indra Nooyi, conselheira-delegada da PepsiCo, em décimo terceiro. E como diz a Forbes, também não podem faltar Oprah Winfrey, Amy Pascal, a rainha Isabel II e a empresária Ho Ching. A mais jovem é Sara Blakely, fundadora da Spanx.

Também é possível ver pela lista que 40% das mulheres que a integram foram as primeiras a romper de alguma maneira o teto de vidro. É o caso de Mary Barra, a nova conselheira-delegada da General Motors, primeira mulher a estar à frente de uma grande fabricante de carros. Aparece como sétima da lista, à frente de Michelle Obama. Se fossem reunidos seus seguidores no Twitter ou Facebook, o total seria de 812 milhões de pessoas.

Se o que se toma como referência são os 25 primeiros nomes, nota-se que sete estão relacionados diretamente ao setor tecnológico. Há 18 no total nesse setor. E quem manda no grupo é Sheryl Sandberg, responsável pelas operações do Facebook que, ao lado de Virginia Rometty, conselheira-delegada da IBM, se enfileiram além entre as dez mais poderosas. Outras figuras do Silicon Valley são Marissa Mayer, do Yahoo!, e Mag Whitman, da HP.

Considerando-se a autoridade e a influência que todas essas personalidades imprimem ao mundo da política, dos negócios e da vida social, elas continuam sendo uma minoria nos círculos de poder. Cinco por cento das empresas mais poderosas dos EUA são lideradas por executivas, como destaca a Forbes, e há apenas 14 chefas de Estado no mundo. Dez por cento dos membros da lista de multimilionários da revista são mulheres, com uma fortuna conjunta de US$ 81 bilhões (R$ 181,4 bilhões). Se o que Melinda Gates divide com Bill Gates entrasse na conta, seria muito mais.

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