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Os 100 “heróis da informação”

A lista elaborada pela organização Repórteres sem Fronteiras inclui o jornalista Glenn Greenwald, que desatou o ‘caso Snowden’ Lúcio Flávio Pinto é o único brasileiro do ranking

Rosario G. Gómez
O jornalista Glenn Greenwald em Brasília, em imagem de 2013.
O jornalista Glenn Greenwald em Brasília, em imagem de 2013.EVARISTO SA (AFP)

Alguns são jornalistas célebres e outros simples colaboradores. Pertencem a 65 nacionalidades e têm entre 25 e 75 anos. A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) elegeu os 100 “heróis da informação”, entre os quais Glenn Greenwald, colunista do diário britânico The Guardian, que a partir dos vazamentos de Edward Snowden revelou os métodos de vigilância eletrônica em massa utilizados pelas agências de inteligência dos Estados Unidos e do Reino Unido para espionar dirigentes de todos os cantos do mundo.

Na lista que a RSF publica por ocasião do dia mundial da liberdade de imprensa, celebrado neste sábado, a ONG quer reconhecer o trabalho dos jornalistas que contribuíram para promover a tarefa de “buscar, receber e difundir informações e ideias por qualquer meio e independentemente de fronteiras”. Entre os 100 jornalistas selecionados está o espanhol Gorka Landaburu, que em 2001 ficou cego de um olho e sofreu lesões nas mãos pela explosão de uma bomba enviada em um pacote pela organização terrorista ETA.

Também merecem esse título o brasileiro Lúcio Flávio Pinto, que não deixou de escrever sobre "tráfico de drogas, desmatamento e corrupção" mesmo sendo alvo de "mais de 30 processos judiciais" na região Norte; Anabel Hernández, autora de um livro sobre as ligações entre políticos mexicanos e o crime organizado; Ismail Saymaz, jornalista turco que foi processado cerca de 20 vezes por suas reportagens; e Lirio Abbate, especialista em máfia siciliana.

Em seu termômetro sobre a liberdade de imprensa no mundo, a RSF contabilizou, até agora no ano, 16 jornalistas assassinados (sete deles na Síria, o país considerado mais perigoso para se exercer o ofício), aos quais se somam quatro colaboradores e nove internautas mortos. Também denuncia que foram encarcerados 164 profissionais e outros tantos internautas e blogueiros.

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