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Dezenas de mortos em um atentado a um terminal de ônibus na Nigéria

A explosão ocorreu no horário de pico da capital, Abuya Por enquanto, ninguém reivindicou o ataque, mas tudo leva à seita radical islamita Boko Haram

Ônibus atingidos pela explosão na estação de Abuya.
Ônibus atingidos pela explosão na estação de Abuya.AFP

Ao menos 71 pessoas morreram e outras 124 ficaram feridas nesta segunda-feira pela explosão de uma bomba em pleno horário de pico em um terminal de ônibus situada na periferia da capital nigeriana, Abuya, segundo informou um porta-voz da polícia, Frank Mba.

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, ordenou imediatamente que a segurança em Abuya aumente, depois da explosão que ocorreu às 6h45, horário local, quando os passageiros estavam subindo nos ônibus no estacionamento do terminal. Depois do incidente, a confusão se formou no local, onde os corpos mutilados caíam ao chão.

As ambulâncias começaram a transportar os feridos para os hospitais próximos, e segundo o jornal Premium Times, que cita testemunhas, mais de 150 corpos foram retirados do local.

Os bombeiros apagaram o fogo e as equipes de resgate seguem trabalhando no local para extinguir o incêndio e recuperar os cadáveres.

12 ônibus ficaram destruídos pela explosão, que ainda não foi reivindicada por nenhum grupo, embora se suspeite da milícia radical islamista Boko Haram. De fato, o presidente Jonathan afirmou, em suas primeiras declarações depois do atentado, que "A Nigéria derrotará Boko Haram".

Boko Haram

Este mesmo grupo causou neste domingo ao menos 98 mortos em um ataque a três localidades do norte da Nigéria, no estado de Borno.

O atentado desta segunda-feira ocorre duas semanas depois que vinte membros da seita islâmica morreram em confrontos contra as Forças de Segurança nigerianas quando tentavam escapar de um centro de detenção na sede dos Serviços de Segurança Nigerianos em Abuya.

Os ataques deste grupo terrorista no noroeste do país obrigaram a 250.000 pessoas a fugir das suas casas no último ano, período no que causaram cerca de 700 mortos.

Desde 2009, quando a polícia acabou com o líder de Boko Haram, Mohamed Yusuf, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que causou mais de 3.000 mortos.

Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

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