_
_
_
_

Os corpos de sete bebês são achados em uma casa nos EUA

A mãe admite ter matado seis das sete crianças a que deu à luz entre 1996 e 2006, em Utah O outro nasceu morto

Carolina García
Megan Huntsman em uma foto da prisão do condado de Utah.
Megan Huntsman em uma foto da prisão do condado de Utah.Associated Press

A descoberta no último sábado de sete corpos de bebês em uma casa em Pleasant Grove (Utah) tem comovido os Estados Unidos. Os investigadores asseguram que a responsável pela “atrocidade” é a mãe, Megan Huntsman, de 39 anos, que foi presa depois de admitir que acabou com a vida das crianças entre 1996 e 2006, segundo um comunicado. De acordo com a polícia, a mulher estrangulou e asfixiou seis dos bebês e os colocou em caixas na sua garagem. "Parece que todos nasceram com vida, menos um. Cada bebê estava envolvido em uma toalha ou camiseta e enfiado em uma sacola de plástico", detalha o texto.

A mulher permanece na prisão do condado de Utah, sob seis acusações de assassinato. A fiança de Huntsman é de seis milhões de dólares (13 milhões de reais), um milhão por cada bebê. Não se conhece o motivo que a levou a cometer os crimes. O único antecedente que ela tinha era uma multa de trânsito. “Não houve mais prisões e a investigação continua aberta”, afirmou o promotor do condado, Jeffrey Buhman.

Uma ligação feita aos serviços de emergência, realizada pelo ex-marido de Huntsman, Darren West, alertou as autoridades. O homem, junto com outros membros de sua família, denunciou que encontrou um recém-nascido morto. Quando a polícia chegou à casa encontrou mais seis corpos sem vida de bebês. “Viram um pacote suspeito com um cheiro muito estranho. Começaram a abrir a caixa e perceberam que havia uma criança morta dentro e chamaram a polícia”, disse o capitão Michael Roberts, em uma entrevista à imprensa local. “Não podia acreditar. Meus colegas estavam perplexos. A cada caixa que abríamos, mais estupefatos ficávamos”, disse o capitão da polícia.

Por enquanto, West não é considerado cúmplice dos assassinatos. As provas de DNA deverão determinar se os dois são os pais dos menores, como acreditam os investigadores, embora as autoridades achem que não sabia nada dos bebês. “Por que não sabia? É a pergunta de um milhão de dólares. É incrível”, indagava-se Roberts.

Segundo informa a agência Associated Press, as três filhas da mulher, de 13 a 20 anos, vivem na casa onde foram encontrados os corpos sem vida dos bebês; lar que ela abandonou depois de se divorciar de seu ex-marido em 2011. O homem, que trabalhou 11 anos em uma empresa de escavação, acaba de sair da prisão por crimes relacionados a drogas. West se declarou culpado em 2005 de posse de materiais químicos com a intenção de produzir metanfetamina, segundo documentos judiciais. Em agosto do ano seguinte foi declarado culpado das acusações e sentenciado a nove anos de prisão, em resolução à qual apelou em até três ocasiões.

A família de West, proprietária da casa, explicou que “todos estão muito chocados pelo ocorrido”, segundo um comunicado. “Vivemos a dor pelas trágicas fatalidades, tentando ser fortes e ajudando-nos uns aos outros neste momento tão horrível”. “Por favor, respeitem nossa privacidade”.

Utah foi um dos primeiros Estados do país a aprovar a lei de 2001 pela qual um pai de forma anônima pode entregar seu filho a um centro médico, sem necessidade de responder a perguntas. Depois dessa ação, os pais não são nem denunciados nem perseguidos. Uma vez que o centro a recebe, a criança é transladada à divisão de serviços sociais do Estado.

“Esses bebês teriam ficado mais seguros sob essa lei”, explicou a congressista Patrice Arent, democrata e promotora da lei. “O objetivo da regulação é proteger os bebês". A iniciativa foi impulsionada pela primeira vez no Alabama e nos 50 Estados que compõem a nação existem leis similares, segundo explicou Arent.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_