Austrália detecta outros dois possíveis sinais da ‘caixa preta’

A embarcação captou as primeiras transmissões na zona durante o fim de semana As baterias da caixa preta duram uns 30 dias, um prazo já superado nesta terça-feira

Agências
Sydney -
Uma embarcação australiana procura sinais do avião no Índico.REUTERS

Uma embarcação australiana, Ocean Shield, registrou dois novos sinais no Índico que poderiam pertencer à caixa preta do avião MH 370 da Malaysia Airlines. O dado oferece esperanças de que o dispositivo, cujas baterias param de emitir sinais depois de um mês do acidente (o avião desapareceu em 8 de março), seja encontrado a tempo e se conheçam dados mais precisos sobre o destino do aparelho, que levava 239 pessoas a bordo e caiu no coração do oceano.

O Ocean Shield captou as transmissões nesta terça-feira em uma zona —a aproximadamente 2.000 quilômetros ao noroeste de Perth (Austrália)—, onde já detectava sinais durante o fim de semana. O primeiro, que durou 5 minutos e 32 segundos, foi detectado pela tarde, e o segundo, de 7 minutos, durante a noite. "Foram captados na mesma zona e nos permitirá definir melhor a busca", disse o chefe do Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, Angus Houston. O ex-militar australiano indicou que "ainda que se esteja buscando na área correta" ainda não se confirmou visualmente a presença de restos do avião desaparecido.

A duração das baterias das caixas pretas está estimada em 30 dias após o incidente, uma margem que foi superada nesta terça-feira. "Esperemos que com as transmissões que temos possamos definir uma área de busca menos, que nos permita encontrar algo nas profundezas para confirmar que esse foi o último destino do MH 370", assegura Houston.

Nos trabalhos de busca desta quarta-feira, que se centra em uma área de 75.423 quilômetros quadrados situada a uns 2.261 quilômetros ao noroeste de Perth, participam 11 aviões militares, quatro civis e 14 embarcações. A polícia da Malásia disse na semana passada que não considera os 227 passageiros responsáveis por sequestro, sabotagem e problemas psicológicos ou pessoais, mas a tripulação nacional continua sob suspeita.

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