Cristina Kirchner lança uma dura mensagem contra os sindicatos
A presidenta da Argentina anuncia aumentos nas pensões e nas auxílios escolares
![Francisco Peregil](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/https%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Farc-authors%2Fprisa%2F756c8425-e4d4-47b8-84ad-522ac0df60cc.png?auth=c309fa4733b6235916d93c4e29073838719e07676326964090fc6983cd95a1e7&width=100&height=100&smart=true)
![Cristina Fernández durante o anúncio de hoje.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/IVT7OJZ2HF3IUOCZD7HJC4QGCI.jpg?auth=f34f64a196da480d62100a38f4570b7baca5982e6b805ab10e63dba3fb2937a5&width=414)
É tempo de confronto na Argentina. O Governo possibilitou há menos de duas semanas a maior queda do peso registrada em 12 anos. E os sindicatos advertiram que não estão dispostos a cruzar os braços em um período próximo das negociações salariais. A inflação real está entre 25% e 30% e os sindicatos não querem acréscimos menores de 25%. Até um dos líderes sindicais mais oficialistas, como Antonio Calou, declarou que “a gente não consegue o suficiente para comer”. Neste contexto, a presidenta, Cristina Fernández, emitiu ontem uma dura mensagem contra os sindicalistas.
Fernández afirmou acréscimos de 11,31% nas pensões a partir de março. E outro acréscimo de 200% nos auxílios escolares. Mas a mensagem de fundo vai além das ajudas econômicas pontuais. A presidenta, aplaudida por dezenas de funcionários da sua cúpula, advertiu: "Os colegas dirigentes sindicais propõem como solução o acréscimo de salários e ponto. Deveriam acompanhar os supermercados para cuidar que os preços sejam respeitados. Os sindicatos não podem estar alheios, porque quem paga o pato são os trabalhadores, sempre. Inteirem-se, rapazes: o mundo está se complicando. E vem complicando também para os países emergentes.”
A presidenta também disparou contra empresários. “Em vez de remeter os lucros para o exterior, os empresários deveriam reinvestir no país, já que, para isso, ganharam antes tanto dinheiro. Para conseguir esses recursos, claro, eles investiram muito. Mas também ganharam muito”, disse ela.
A presidenta não mencionou a desvalorização cambial
Fernández apelou à sociedade para vigiar o cumprimento dos acordos de preços firmado entre o Governo e os supermercados. “Devemos trabalhar lado a lado com os vizinhos. Não importa se teve uma briga antes. Gostaria de assistir a meus colegas dirigentes sindicais acompanhando cada supermercado, cada hipermercado, cada farmácia, de modo que os preços sejam respeitados. E as população está fazendo isso, porque deram-se conta de que não era meu o bolso, mas o seu próprio bolso que estava sendo roubado”, afirmou ela.
Entre os convidados da Casa Rosada, estava o juiz espanhol Baltasar Garzón, que visita com frequência o país como diretor do Centro Internacional de Promoção dos Direitos Humanos.
A última vez que presidenta havia discursado foi no dia 23 de janeiro. Naquele dia, o peso argentino sofria sua maior desvalorização em 12 anos. Fernández não aludiu à convulsão nos mercados e se limitou a anunciar um plano de ajuda econômica para estimular os estudos entre os jovens de 18 e 25 anos que não estudam nem trabalham. Ontem também não falou da desvalorização. No entanto, a desvalorização pairou sobre o seu discurso. A desvalorização e a inflação.
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