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“Se ele não fosse presidente, talvez seguíssemos juntos”

Nas primeiras confidências da agora ex-primeira dama francesa, Trierweiler culpa a política por sua ruptura com Hollande

Valérie Trierweiler, na periferia Mumbai.
Valérie Trierweiler, na periferia Mumbai.DIVYAKANT SOLANKI (EFE)

“Se ele não fosse presidente, talvez seguíssemos juntos”. São as primeiras confidências da já oficialmente ex-primeira dama francesa, Valérie Trierweiler, depois de sua ruptura com o presidente François Hollande ter se tornado pública. A jornalista, envolvida por enquanto com seu trabalho humanitário, fez as declarações para um grupo de jornalistas em seu segundo dia de visita à Índia com a ONG Action pour a Faim, palavras que foram filtradas ontem pela televisão I-Télé e pela rádio RTL. Ela acrescenta ainda que nunca sonhou em entrar no Elíseo, onde tanto lhe custou encontrar seu lugar, mas apesar de tudo defende a criação de um estatuto especial para o casal oficial do chefe de Estado.

Apesar da brutalidade da separação, tornada pública duas semanas depois de revelada a relação de Hollande com a atriz Julie Gayet mediante uma simples frase do presidente, Trierweiler assegura ter ficado em bons termos com aquele que foi seu amante durante anos e seu par oficial desde 2007. “Não estamos em guerra, seguimos nos falando”, indicou durante uma conversa que se prolongou por uma hora e meia. E respondendo a mensagem publicada no Twitter pela candidata conservadora à prefeitura de Paris e ex-ministra Nathalie Kosciusko-Morizet, que se referia a sua situação como uma “demissão”, comentou: “Minha separação é uma ruptura, não uma demissão. Não teve aviso prévio”.

Alçada ao foco midiático por sua condição de par do presidente, cujos atos públicos costumava cobrir devido a sua condição de jornalista do Paris Match, ela renunciou em parte a sua carreira pela de seu parceiro e assegura agora querer se dedicar à ação humanitária. Acolhida por uma nuvem de jornalistas em sua chegada domingo a Mumbai, ela não descarta voltar ao jornalismo, mas agora à área de política. “Nada mais me afeta, não temos ideia de quanta traição e hipocrisia há”, assegurou.

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