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Obama diz que enquanto for presidente não revogará a reforma da saúde

Presidente diz que, apesar dos problemas, mais de 1,5 milhão de pessoas receberam aval para ter cobertura

Yolanda Monge
Barack Obama fala sobre a Reforma Sanitária em Washington.
Barack Obama fala sobre a Reforma Sanitária em Washington.WIN MCNAMEE (AFP)

A Casa Branca embarcou no que indicou que será a antepenúltima campanha para vender uma lei de reforma da saúde ratificada por ambas as Casas do Congresso e declarada constitucional pelo Supremo Tribunal do país.

Depois de um começo acidentado da página da Internet onde devem ser registrados os novos usuários de plano de saúde, o presidente declarou hoje, durante um evento destinado a enaltecer a lei, que o portal de contratação de apólices do seguro saúde já funciona para “a grande maioria” da população.

Barack Obama enfatizou que em um mês, apesar de todos os problemas, mais de um milhão e meio de pessoas receberam o aval para ter cobertura de saúde a partir de 1 de janeiro de 2014, ao mesmo tempo que ele alertou aos republicanos que combaterá qualquer tentativa da oposição de acabar com a lei. “Não será revogada enquanto eu for presidente”, declarou Obama entre aplausos dos presentes ao evento na Casa Branca.

“Se tiver de lutar outros três anos para garantir que a lei vai funcionar, é o que farei”, informou o mandatário, acompanhado de pessoas beneficiadas pela lei e acusando a oposição republicana de querer tirar proveito político das falhas do site.

Obama pediu à população que não desanime diante dos “problemas iniciais” do portal de contratação de planos de saúde, e ele pretende, com sua equipe, dedicar grande parte deste último mês do ano a recordar aos norte-americanos por que o governo democrata lutou por essa lei.

“Decidimos entrar nesta luta porque na América ninguém deveria ter que se preocupar em ir à falência por estar doente”, declarou o presidente. “Ninguém deveria ter de escolher entre poder dar de comer aos filhos ou levá-los para ver um médico”, acrescentou, recordando que mais de 40 milhões de pessoas carecem de seguro saúde nos Estados Unidos (em uma população de pouco mais de 310 milhões).

Enquanto a Casa Branca inicia ações de contenção de danos, nos bastidores se trabalha tecnicamente contra o relógio para resolver todos os problemas que, se persistirem, voltarão a envergonhar o governo no começo do ano, já que são muitas as operadores de planos de saúde que garantem que os dados que estão recebendo dos futuros usuários não são válidos, e se prevê que eles não terão cobertura em 1 de janeiro de 2014, quando a cobertura deve ser posta em prática.

“A Lei funciona e funcionará no futuro”, enfatizou Obama, que reconheceu que seus desafetos políticos nunca estarão satisfeitos e que alguns deles até desejam que a reforma fracasse.

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