O PIB mexicano sobe 0,84% no terceiro trimestre do ano
O Governo estima o crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto para 2013. No início do ano, a expectativa era de 3,9%
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano foi de 1,3%, o que implica uma expansão trimestral ajustada de 0,84%. As cifras foram publicadas esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI) .
O instituto também revisou o crescimento do segundo trimestre, que é de 1,6%. O crescimento médio de janeiro a setembro foi de 1,2%.
Em um comunicado à imprensa, a Secretaria de Fazenda e Crédito Público Federal (SHCP), que é dirigida por Luis Videgaray, estima, com base às cifras anteriores, que o crescimento da economia para 2013 será de 1,3%. “Como havia antecipado a Secretaria de Fazenda, a atividade econômica está se acelerando na segunda metade de ano, ainda com o impacto dos fenômenos climatológicos adversos que afetaram a atividade econômica no terceiro trimestre”. Deste modo e pela quarta vez no ano, a SHCP recorta seu prognóstico de crescimento ao passar de 1,7% para 1,3%. No início do ano a expectativa de crescimento do PIB era de 3,9%.
O Governo explica que durante os primeiros nove meses de 2013 a economia mundial mostrou uma desaceleração e que persistem os riscos negativos. “Existe um meio de baixo crescimento nas economias emergentes. A atividade e o comércio nas economias avançadas encontra-se em lenta recuperação. Como se comentou anteriormente, México enfrentou desde a segunda metade de 2012 –como outros países- um choque externo como consequência desta desaceleração. O ambiente externo fraco levou a uma desaceleração da economia mexicana refletida, principalmente, nas exportações não petrolíferas. Esta perda de dinamismo começou a se reverter através da recuperação da demanda interna e do setor manufatureiro”, justifica Fazenda.
A leitura que faz o Executivo de Peña Nieto é que a redução ainda maior da expectativa de crescimento da economia mexicana foi motivada “por uma série de fatores transitórios que em sua maioria se dissiparam”. Neste sentido, o Governo indica que a despesa pública está sendo mais dinâmica na segunda metade do ano conforme previsto no calendário. Além disso, a construção civil, especialmente habitação, “mostrou nos primeiros nove meses do ano um desempenho fraco, mas é esperada uma recuperação para o próximo exercício” e por último, “as condições climatológicas adversas afetaram a atividade econômica no terceiro trimestre”.
O Governo federal está otimista em relação ao futuro da economia mundial: “Para o último trimestre do ano espera-se que continue se fortalecendo o crescimento da economia mundial, particularmente do setor industrial dos Estados Unidos, o que deverá ser refletido em maior dinamismo da demanda externa. Também prevê um aumento na demanda interna devido, principalmente, à expansão do emprego e do crédito bancário, bem como aos níveis projetados de investimento público”.
Na opinião do Executivo, o México encontra-se diante de uma “oportunidade histórica” para atingir níveis de “crescimento econômico de médio e longo prazos mais elevados de maneira sustentada, apoiado na força econômica interna e na agenda de mudanças estruturais que se está desenvolvendo para benefício das famílias mexicanas”.
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