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Como homens e mulheres veem a violência de gênero?

Concurso de fotografia destaca olhares sobre problema que afeta uma em cada três mulheres no mundo

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Uma vida sem violência de gênero
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Pense por um momento nos conceitos de “empoderamento feminino” e “superação da violência” e reflita: que imagens elas evocam? Um concurso patrocinado pelo Banco Mundial e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados fez essa mesma pergunta, via redes sociais, a fotógrafos de todo o Brasil. Como resposta, 380 artistas enviaram 720 fotos, algumas literais, outras extremamente poéticas.

As campeãs das duas categorias — para jovens de 14 a 17 anos e adultos — foram escolhidas em duas etapas. Na primeira delas, um júri especializado escolheu 52 finalistas baseando-se em critérios como qualidade técnica e artística, adequação ao tema e contribuição da obra para o fortalecimento do debate.

A segunda fase se deu em votação pelas redes sociais e consagrou três vencedores em cada categoria, além de 15 menções honrosas distribuídas entre jovens e adultos. O resultado foi uma celebração dos olhares masculinos e femininos sobre um tema capaz de gerar impactos emocionais, sociais e econômicos sobre todas as pessoas, independentemente do gênero. Estima-se que uma em cada três mulheres em todo o mundo foi ou será vítima de violência ao longo da vida.

Entre os trabalhos vencedores, há uma mensagem em comum: as agressões deixam marcas no corpo e na alma, mas também podem ser superadas se a vítima recebe apoio da sociedade.

Esse amparo começa no Estado. Requer leis, como a Maria da Penha — com 10 anos de existência celebrados em 2016 —, e profissionais habilitados, como mostrado nas imagens homenageando o trabalho das policiais que socorrem as vítimas. Mas também precisa existir entre as próprias mulheres, num conceito cada vez mais popular nas redes sociais: o de sororidade.

A ideia de irmandade entre mulheres e meninas é especialmente forte no trabalho das fotógrafas Ana Flávia Peterlini, Jennipher Nascimento e Gabriela Daduch. Aos 17 anos, elas já podem se orgulhar de ter o trabalho exposto nos corredores do Congresso Nacional em pleno Dia Internacional da Mulher e publicado em um livro.

Ana e Jennipher ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente, na categoria jovem, enquanto Gabriela conquistou uma menção honrosa. No vídeo, elas falam sobre suas fontes de inspiração.

Mariana Kaipper Ceratti é produtora online do Banco Mundial

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