Bombardeio de Israel em Gaza mata palestina grávida e sua filha de 2 anos
O ataque à Faixa produziu-se depois do lançamento de foguetes contra o sul de Israel
A escalada de violência entre palestinos e israelenses se agravou nas últimas horas. Uma mulher palestina de 30 anos, grávida, e sua filha de 2 anos morreram na madrugada de domingo por causa de um ataque aéreo israelense que destruiu a casa delas na Faixa de Gaza. Pelo menos três outras pessoas da mesma família ficaram feridas, segundo fontes hospitalares. O bombardeio, dirigido contra depósitos de explosivos do Hamas, segundo um porta-voz do Exército israelense, foi uma represália pelo disparo de foguetes da Faixa de Gaza contra o sul de Israel. Um desses projéteis foi interceptado pelo escudo antimísseis israelense Cúpula de Ferro perto da cidade de Ashkelon.
Desde a última sexta-feira, 11 palestinos morreram por causa das ações militares israelenses, incluindo 9 jovens que se manifestavam e atiravam pedras contra a cerca fronteiriça.
Poucas horas depois, no começo da manhã deste domingo (hora local), uma motorista palestina que gritava “Alá é grande!” explodiu uma bomba que estava em seu veículo, na frente de um controle policial da Cisjordânia, segundo um porta-voz dos serviços de segurança israelenses. A explosão causou ferimentos leves em um guarda de trânsito e lesões muito graves na motorista. O suposto atentado –que seria o primeiro com uma bomba em meio à atual onda de violência, que já matou 23 palestinos e 4 israelenses desde o começo deste mês– ocorreu perto do assentamento judaico de Maale Adumin, na estrada que leva à Cidade Santa.
No entanto, uma testemunha citada pela agência de notícias palestina Maan afirmou que o veículo sofreu uma avaria elétrica que originou um pequeno incêndio, e que, quando a mulher saiu do carro, visivelmente nervosa, o airbag se ativou, provocando um pequeno estampido e espalhando uma nuvem de poeira. Como mostra uma foto publicada na edição digital do jornal Haaretz, o veículo permaneceu praticamente intacto.
Após a onda de esfaqueamentos contra israelenses e de confrontos letais entre jovens manifestantes palestinos e forças de segurança israelenses, a tensão continua aumentando em Israel e na Palestina. O primeiro-ministro Benjamim Netanyahu determinou na noite de sábado a mobilização de 13 companhias de reservistas da polícia de fronteiras, que opera sobretudo em Jerusalém Oriental, para tentar frear os ataques. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, conversou por telefone com Netanyahu e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir o agravamento da situação de segurança.
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