Biografia de Megan e Harry afirma que Kate foi fria com cunhada e prenuncia nova tempestade na Corte
Livro sobre o casal da realeza britânica, que sairá em agosto, revela que frieza de mulher de William foi um dos motivos do distanciamento entre os príncipes
O príncipe Harry da Inglaterra e Meghan Markle tomaram a decisão de deixar a família real britânica para viver mais tranquilos e procurar seu próprio caminho fora dela, mas não parece que seu desejo será fácil de cumprir, ao menos por enquanto. Um novo livro que sairá à venda em 11 de agosto nos Estados Unidos, Finding freedom (“encontrando a liberdade”), e que já teve trechos publicados pelos jornais The Times e The Sunday Times, promete revelar a ― segundo o livro ― versão dos duques de Sussex sobre a história interna do episódio que ganhou o apelido de Megxit. O que está escrito ali ameaçar cair como uma bomba na Corte britânica, com mesma violência que a crise causada pela fria reação da família real nos primeiros dias após a morte da princesa Diana, em 1997.
Na publicação, Omid Scobie e Carolyn Durand, membros do grupo de jornalistas que cobrem habitualmente a realeza britânica, mergulham nas tensões decorrentes do adeus ao popular casal. É sabido que ambos se sentiam acuados pela imprensa e de certo modo usados, mas até agora não se sabia que eram “criticados dentro da instituição por serem muito suscetíveis e francos”, como afirmam os autores. No livro, consta que a intenção de Harry e Meghan não era abandonar a monarquia britânica, e sim “encontrar seu lugar nela”, mas que não foram escutados. Acabaram relegados a um segundo plano em relação ao príncipe William, algo que tampouco estranha, dado que o irmão mais velho de Harry é o segundo na linha sucessória, ao passo que este ocupa o sexto lugar.
Meghan Markle abandonou sua anterior vida como atriz de sucesso para se unir ao príncipe Harry, e parece que sua chegada foi bem recebida, mas não recebeu o apoio necessário para uma renúncia tão drástica. Um dos trechos já divulgados retrata a tensão envolvendo os irmãos e suas respectivas esposas. “Embora não fosse necessariamente sua responsabilidade, Kate Middleton ― esposa de William da Inglaterra ― fez pouco para reduzir a distância”, escrevem os autores do livro. Segundo sua versão, Kate Middleton sentiu que ela e Meghan não tinham muito em comum, “além do fato de viverem no palácio de Kensington”. “Não estavam em guerra, mas existiram momentos incômodos”, detalham.
Provavelmente tanto o príncipe Harry como sua esposa esperavam que Kate Middleton seria o principal apoio de Markle ao desembarcar em um mundo tão diferente do que ela conhecia, mas, segundo os autores do livro biográfico, sua relação “não superou a distante cortesia de quando se conheceram”.
Também afirmam os autores que esta frieza ficou óbvia no ano passado, dois meses depois do nascimento de Archie, o primeiro filho dos duques de Sussex, quando todos foram juntos ao evento beneficente King Power Royal Charity Polo Day: “As carinhosas mães foram fotografadas juntas com seus filhos, mas mal trocaram uma palavra”. Ainda mais violento foi o encontro que mantiveram no começo de março durante uma missa em Westminster para comemorar o dia da Commonwealth. Ali, segundo o texto, uma sorridente Meghan tentou estabelecer contato visual com Kate, e a duquesa de Cambridge praticamente a ignorou. Segundo uma amiga de Markle, ela depois se sentiu “emocionalmente ferida e exausta” e “não podia nem imaginar querer voltar a pôr um pé em um ato real”.
Embora um porta-voz dos duques de Sussex já tenha se encarregado de esclarecer em um comunicado que nenhum deles foi entrevistado ou contribuiu para o conteúdo do livro, os melindres gerados por estas primeiras revelações prenunciam uma tempestade ainda maior. A publicação afirma que Harry entendeu que em várias ocasiões, tanto a instituição como sua família, podiam tê-los ajudado, defendido e respaldado, “e nunca o fizeram”. Também que passou pela cabeça do príncipe a ideia de se dirigir diretamente à rainha Elizabeth II, sem intermediários, para “defender sua versão”, mas que abandonou esse plano porque entendeu que violar o protocolo “inflamaria” ainda mais seus detratores. “Consideravam que haviam tido esta conversa várias vezes durante o ano com diferentes membros da família real e estavam cansados de não serem levados a sério”, afirma um familiar do casal, segundo o livro.
O distanciamento entre os dois irmãos também aconteceu, segundo a biografia, devido à atitude de William. Harry se ofendeu quando seu irmão lhe disse: “Use todo o tempo que precisar para conhecer esta garota”. Uma frase cujas duas últimas palavras lhe soaram esnobes, distantes da vida real com a qual ele tinha tomado contato durante seus 10 anos de carreira no Exército. Podia tê-las interpretado como uma tentativa de proteção fraternal, mas entendeu que estava sendo tratado “como se fosse imaturo”. Uma situação que piorou ainda mais quando um dos membros mais idosos da família qualificou Meghan como “a corista do Harry”. Segundo um amigo dele, o príncipe estava consciente destes comentários e extremou ainda mais seu senso de proteção por Meghan Markle. “Ele acredita que muita gente está contra eles, e fará tudo o que puder para mantê-la a salvo, mesmo que isso signifique se distanciar dessas pessoas”, diz a publicação.
Enquanto funcionários palacianos rejeitam a premissa principal e dizem que os duques de Sussex estão “cheios de ressentimentos” e querem “acertar contas” através desta biografia, a maioria vê em seu conteúdo um impedimento a mais para uma futura volta de Harry ao seio de uma família que não se mostra exatamente aberta às mudanças.
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