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Pessoas carregam sacos de plástico com alimentos para serem distribuídos.
Pessoas carregam sacos de plástico com alimentos para serem distribuídos. Reuters

“Vivemos em um Brasil de fome, em que uma parte faz ‘home office’ e a outra passa fome em casa”

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Entrega de cestas básicas em comunidades é feita pela organização G10 das Favelas. Auxílio emergencial menor e tardio, desemprego e inflação de alimentos pioram situação dos mais vulneráveis

  • ONG G10 Favelas distribui produtos da cesta básica aos habitantes de bairros pobres de São Paulo. De acordo com o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 55,2% dos lares brasileiros, ou o correspondente a 116,8 milhões de pessoas, conviveram com algum grau de insegurança alimentar no final de 2020 e 9% deles vivenciaram insegurança alimentar grave, ou seja, passaram fome durante emergência sanitária.
    1ONG G10 Favelas distribui produtos da cesta básica aos habitantes de bairros pobres de São Paulo. De acordo com o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 55,2% dos lares brasileiros, ou o correspondente a 116,8 milhões de pessoas, conviveram com algum grau de insegurança alimentar no final de 2020 e 9% deles vivenciaram insegurança alimentar grave, ou seja, passaram fome durante emergência sanitária. REUTERS
  • A distribuição de comida aconteceu em Heliópolis, a maior favela de São Paulo.
    2A distribuição de comida aconteceu em Heliópolis, a maior favela de São Paulo. REUTERS
  • Os residentes esperaram sua vez em filas, tentando manter as normas de segurança sanitária. Além do desemprego, que ronda 14% no Brasil, os mais vulneráveis enfrentam inflação no preço dos alimentos.
    3Os residentes esperaram sua vez em filas, tentando manter as normas de segurança sanitária. Além do desemprego, que ronda 14% no Brasil, os mais vulneráveis enfrentam inflação no preço dos alimentos. REUTERS
  • O distanciamento social e o uso de máscaras foi um requisito indispensável para receber a ajuda em Heliópolis. O preço médio de uma cesta básica para quatro pessoas, em São Paulo, era de 862,87 reais em abril do ano passado —valor que saltou para 1.014,63 reais em 2021, segundo pesquisa da Fundação Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A parcela máxima de ajuda distribuída pelo Governo por meio do auxílio emergencial é 375 reais.
    4O distanciamento social e o uso de máscaras foi um requisito indispensável para receber a ajuda em Heliópolis. O preço médio de uma cesta básica para quatro pessoas, em São Paulo, era de 862,87 reais em abril do ano passado —valor que saltou para 1.014,63 reais em 2021, segundo pesquisa da Fundação Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A parcela máxima de ajuda distribuída pelo Governo por meio do auxílio emergencial é 375 reais. REUTERS
  • O objetivo da organização G10 Favelas é entregar 30 toneladas de alimentos em comunidades de todo o país até o final de abril. Alimentos de origem animal, cereais (como arroz e feijão), açúcar e óleo estão entre os produtos que tiveram uma inflação ainda maior que a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que está na casa dos 5,5%. Há um ano, 15 reais eram suficientes para comprar cinco quilos de arroz; agora, o mesmo dinheiro só paga três quilos
    5O objetivo da organização G10 Favelas é entregar 30 toneladas de alimentos em comunidades de todo o país até o final de abril. Alimentos de origem animal, cereais (como arroz e feijão), açúcar e óleo estão entre os produtos que tiveram uma inflação ainda maior que a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que está na casa dos 5,5%. Há um ano, 15 reais eram suficientes para comprar cinco quilos de arroz; agora, o mesmo dinheiro só paga três quilos REUTERS
  • A crise econômica somada à emergência sanitária pelo covid-19 fez crescer o número de brasileiros que vivem em pobreza extrema. De acordo com dados de um estudo da FGV Social, a pandemia jogou para a pobreza mais de 27 milhões de brasileiros. Com o fim do auxílio emergencial no final de 2020, em janeiro 12,8% de pessoas estavam na linha da pobreza, ante os 12,1% de 2011.
    6A crise econômica somada à emergência sanitária pelo covid-19 fez crescer o número de brasileiros que vivem em pobreza extrema. De acordo com dados de um estudo da FGV Social, a pandemia jogou para a pobreza mais de 27 milhões de brasileiros. Com o fim do auxílio emergencial no final de 2020, em janeiro 12,8% de pessoas estavam na linha da pobreza, ante os 12,1% de 2011. REUTERS
  • Mais de 14 milhões de habitantes estão desempregados no Brasil, segundo cifras oficiais.
    7Mais de 14 milhões de habitantes estão desempregados no Brasil, segundo cifras oficiais. REUTERS
  • "Vivemos em um Brasil de fome, em que uma parte faz 'home office' e a outra passa fome dentro de casa", disse Gilson Rodriguez, presidente da União de Moradores de Paraisópolis e presidente nacional do G10 Favelas.
    8"Vivemos em um Brasil de fome, em que uma parte faz 'home office' e a outra passa fome dentro de casa", disse Gilson Rodriguez, presidente da União de Moradores de Paraisópolis e presidente nacional do G10 Favelas. REUTERS