
Mulheres negras que marcaram a história do Brasil, em 10 ilustrações
10 fotosVocê conhece Tereza de Benguela, Esperança Garcia e Aída dos Santos? Elas são algumas das 41 mulheres retratadas no livro 'Narrativas negras', criado pelo coletivo de mesmo nome e lançado em outubro pela editora mineira Voo
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1Antonieta de Barros (1901-1952) A professora catarinense destaca-se por ter sido a primeira deputada estadual negra do país, em 1934. Criou o Dia do Professor em SC e, como explica o texto de Márcia Gomes, "atuou, sobretudo, em prol do acesso à população pobre, como para os negros e as mulheres". Ilustração Flávia Borges Divulgação Narrativas Negras -
2Carolina Maria de Jesus (1914-1977) A mineira autora de 'Quarto de despejo' foi uma pioneira: "neta de escravizado, negra, mãe solo, catadora de papel e, sobretudo, poeta, ela se consagrou como a primeira brasileira a se tornar um fenômeno editorial de grande magnitude", destaca Bruna Emanuele. Ilustração Mayara Smith Divulgação Narrativas Negras -
3Tereza de Benguela (séc. XVIII) A guerreira que chefiou o Quilombo do Quariterê (em Mato Grosso) é um "símbolo de luta e de liberdade", mas sua importância histórica não é tão lembrada quanto a de Zumbi dos Palmares, escreve Vanessa Carolina. Ilustração Anna Cunha Divulgação Narrativas Negras -
4Tia Ciata (1854-1924) A mãe de santo e cozinheira baiana morou no Rio, onde se tornou uma figura importante para o surgimento do samba. "O quintal de Tia Ciata era um ponto de encontro, um local do festejo", escreve Mariane Diaz. Ilustração Isadora Ribeiro Divulgação Narrativas Negras -
5Ruth de Souza (1921-2019) Fascinada pelo cinema e pelo teatro desde a infância, a carioca interpretou Carolina de Jesus nos palcos e foi a primeira atriz brasileira indicada para o Leão de Ouro, em Veneza, pelo seu papel no filme 'Sinhá Moça' (1953), conta Sabrina Santos Souza. Iustração Lígia Mattos Divulgação Narrativas Negras -
6Aída dos Santos (1937-) A atleta de salto em altura, hoje com 83 anos, foi a única mulher brasileira a participar dos Jogos Olímpicos de 1964. "Atleta de raro talento, cujos maiores obstáculos na vida foram impostos pela pobreza, pela misoginia e pelo racismo, ela poderia ter tido uma história bem diferente se tivesse obtido as mesmas condições que suas adversárias", escreve Gau de Laet. Ilustração Ana Luisa Maisonnave Divulgação Narrativas Negras -
7Esperança Garcia (séc. XVIII) Escravizada por jesuítas, hoje é reconhecida como primeira advogada do Piauí por ter escrito, em 1770, uma carta em que denunciava ao governador da então província maus-tratos que sofria nas mãos de um novo senhor. "Esperança conheceu a palavra impressa em uma época em que não lhe caberia aprender a dizer", escreve Luana Simonini. Ilustração Mika Divulgação Narrativas Negras -
8Laudelina Melo (1904-1991) Fundadora da primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do país, em 1936, a mineira radicada em Campinas (SP) começou a trabalhar aos sete anos. Essa dura realidade serviu de insumo para "desenvolver uma indignação, principalmente, sobre as desigualdades do país", escreve Vivi Oliveira. Ilustração Manoela Campos Divulgação Narrativas Negras -
9Maria Firmina dos Reis (1822-1917) A primeira mulher romancista brasileira, autora de 'Úrsula' (1859), era professora e também fundou a primeira escola mista gratuita do Maranhão. "Em suas demais obras, Firmina também deu voz aos escravizados, colocando-os na posição de heróis", conta Leticia Fiuza. Seu rosto, porém, é desconhecido, e sua imagem foi por anos atribuída à de uma escritora branca. Ilustração Prisca Paes (Divulgação Narrativas Negras) -
10Sueli Carneiro (1950-) A filósofa paulistana, fundadora do Geledés - Instituto da Mulher Negra, é a maior referência viva do feminismo negro no país. "Ser mulher e ser negra, em uma sociedade como a brasileira, envolve o olhar crítico para a dupla opressão sofrida, de raça e de gênero", escreve Bruna Silveira. Ilustração Amma Divulgação Narrativas Negras