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Ataque de estudante de 11 anos deixa dois mortos e seis feridos em escola no norte do México

Autoridades informaram que um aluno portando duas armas disparou contra uma professora e seus colegas no Estado de Coahuila

Carlos S. Maldonado
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Um estudante de 11 anos semeou o pânico na manhã desta sexta-feira em uma escola de Torreón, no Estado de Coahuila, no norte do México. O menor, segundo as autoridades, entrou com duas armas no Colégio Miguel de Cervantes e disparou contra seus colegas. O ataque deixou dois mortos — uma professora da sexta série e o próprio estudante, que teria se suicidado — e seis feridos: cinco estudantes e um professor de Educação Física. Todos os feridos, exceto um dos alunos, estariam fora de perigo.

Miguel Ángel Riquelme, governador do Estado, mostrou-se “consternado” em uma entrevista coletiva na qual explicou os fatos. Ele lamentou o ocorrido e disse que, segundo as primeiras investigações, o menino pediu permissão à sua professora para ir ao banheiro pouco depois das 8 horas. Após 15 minutos de espera, a docente saiu para buscá-lo. No corredor, o garoto teria começado a atirar, matando a professora, María Sanz Medina, de 50 anos, e ferindo seus colegas e o professor de Educação Física. Riquelme afirmou que depois o menor disparou contra si mesmo. Segundo o governador, o jovem nunca tinha tido um comportamento estranho, era bom aluno e vivia com sua avó. “Meu Governo ficará em contato com todas as instituições de segurança pública para promover medidas de prevenção”, assinalou.

Gerardo Márquez, procurador de Coahuila, afirmou em uma entrevista ao jornal Milenio que estão sendo analisados o telefone, o iPad e computador do menor, assim como seus relacionamentos pessoais. O estudante, segundo o procurador, vestia uma camiseta na qual tinha escrito de forma rudimentar Natural Selection, o nome de um videogame. Riquelme disse que ainda estão sendo coletados detalhes do ambiente familiar, mas assinalou que as primeiras investigações mostram que o estudante gostava muito de jogos eletrônicos, cuja influência no ataque está sendo apurada. O governador contou ainda que nesta manhã, ao chegar à escola, o garoto disse a seus companheiros: “Hoje é o dia”.

As autoridades de Torreón receberam o aviso sobre o ataque cerca de meia hora depois, por volta das 8h30, e foram até a escola, cujos arredores foram isolados. Do lado de fora, parentes perplexos aguardavam notícias de seus filhos. Maurilio Ochoa, da procuradoria local, disse à imprensa que o menor entrou com duas armas na escola, uma delas de grosso calibre. Os feridos foram levados para um hospital local e, segundo o governador, a maioria se encontra estável.

Este não é o primeiro incidente desse tipo registrado no México. Em janeiro de 2017, um garoto de 15 anos abriu fogo contra vários de seus colegas e sua professora no Colégio Americano do Nordeste, uma escola particular no sul de Monterrey, capital do Estado de Nuevo León, no norte do país. Depois de ameaçar os demais, deu um tiro no próprio queixo. Ele usou uma arma de seu pai, praticante de caça.

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