Platini é detido em Paris por corrupção na escolha do Catar como sede da Copa de 2022
Ex-presidente da UEFA reconheceu em 2013 que participou de uma reunião secreta com o então presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o príncipe catariano Tamin Hamad al Thani para discutir a indicação
O ex-presidente da UEFA Michel Platini, de 63 anos, foi detido na manhã desta terça-feira em Paris por suposta corrupção na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. A detenção decorre de uma investigação solicitada pela Procuradoria Nacional de Finanças (PNF) “por atos de suborno ativo e passivo”, segundo o jornal Le Monde.
Não é a primeira vez que Platini, um dos jogadores mais importantes da história do futebol francês e europeu, é investigado por suposta armação na escolha do Catar. Em 2016, a PNF abriu uma investigação preliminar por “corrupção privada, conspiração criminosa e tráfico de influências”, segundo o jornal. Na ocasião, Platini foi sancionado com quatro anos de suspensão pelo Tribunal de Arbitragem Esportiva (TAS, na sigla em francês) máxima instância da Justiça desportiva, por receber um pagamento ilegal de 1,8 milhão de euros (7,8 milhões de reais, pelo câmbio atual) assinado por outro cartola caído em desgraça, Joseph Blatter, ex-presidente da FIFA.
Sophie Dion, ex-assessora de Nicolas Sarkozy, então presidente da França, também foi detida nesta terça como parte da mesma investigação, segundo o Le Monde.
Em 2013, a revista France Football denunciou a venda da Copa de 2022 ao Catar. Platini, Sarkozy e o primeiro-ministro qatariano, o príncipe Tamin Hamad al Thani, forjaram a votação no Palácio do Eliseu. Na ocasião, Platini reconheceu ter estado presente em “uma reunião secreta”, celebrada na residência oficial do presidente da França em 23 de novembro de 2010, 10 dias antes da votação final da FIFA, da qual participaram Sarkozy, Al Thani e Sébastien Bazin, representante do fundo Colony Capital, então dono do time de futebol PSG.
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