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EUA apreendem navio norte-coreano por violar sanções contra Pyongyang

Departamento de Justiça afirma que cargueiro ‘Wise Honest’ era usado no transporte de carvão e maquinaria pesada

Yolanda Monge
Foto sem data do navio norte-coreano ‘Wise Honest’.
Foto sem data do navio norte-coreano ‘Wise Honest’.Departamento de Justiça dos EUA
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Em uma manobra única até agora, os Estados Unidos apreenderam nesta quinta-feira um navio norte-coreano que transportava carvão e maquinaria pesada por violar as sanções comerciais impostas por Washington ao regime de Pyongyang, segundo informou o Departamento de Justiça norte-americano. De acordo com esta fonte, o Wise Honest estava sendo usado para exportar carvão extraído das minas norte-coreanas, um setor econômico fundamental do país comunista contra o qual tanto os EUA quanto as Nações Unidas impuseram duras sanções com o objetivo de forçar o ditador Kim Jong-un a por fim ao seu programa de armas nucleares.

“É a primeira apreensão de um navio de carga por violação das sanções internacionais”, disse o procurador federal de Manhattan, Geoffrey Berman, em um comunicado, no qual acusou Pyongyang de “ocultar a origem” do cargueiro, “exportar toneladas de carvão” e importar maquinaria pesada para a Coreia do Norte.

Em abril do ano passado esse mesmo navio foi apreendido pela Indonésia, onde as autoridades queriam julgar seu capitão. Em julho, os Estados Unidos lançaram o processo de apreensão. O Wise Honest está atualmente sob o controle dos Estados Unidos e prestes a entrar nas águas territoriais deste país, de acordo com a Justiça. A medida veio depois do lançamento de dois mísseis disparados com dez minutos de diferença do oeste e que cruzaram a península antes de caírem no mar a leste.

Ambos os lançamentos não poderiam estar mais carregados de significado, pois aconteceram na véspera da visita a Seul do enviado dos EUA, Stephen Biegun, para reativar as negociações nucleares com Pyongyang. Aos testes desta quinta-feira se juntam os disparos de vários projéteis de curta distância, entre eles ao menos um míssil, feitos nos últimos dias, que foram supervisionados por Kim Jong-un.

Enquanto tudo isso acontecia, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que a Coreia do Norte quer negociar com Washington, mas matizou que não acreditava que as autoridades do país asiático estivessem “preparadas” para isso, segundo informou a Casa Branca através de uma transcrição de suas declarações. O presidente afirmou que “ninguém está contente” com os lançamentos de mísseis nos últimos dias e horas depois do disparo de outros dois mísseis de curto alcance. “Estamos analisando isso neste momento de maneira muito séria”, concluiu.

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