15 fotosAs marcas da destruição do planetaNações Unidas radiografam a saúde da Terra e advertem que os Estados não estão no caminho certo para cumprir os principais tratados internacionais sobre meio ambienteEl País15 mar. 2019 - 16:16BRTWhatsappFacebookTwitterBlueskyLinkedinLink de cópiaA crise ambiental para a qual o modelo insustentável de desenvolvimento do ser humano levou à Terra tem faces preocupantes. As mudanças climáticas ameaçadoras e transversais, a perda dramática da biodiversidade, a redução drástica da água doce disponível, a poluição do ar mortal, a inundação de plásticos nos mares e oceanos, a sobrepesca... Na imagem, um caranguejo está preso em um copo de plástico no mar na Passagem de Isla Verde, nas Filipinas, em 7 de março de 2019.NOEL GUEVARA/GREENPEACE (EFE)O Departamento do Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP) radiografou os principais problemas ambientais do planeta com base no conhecimento científico disponível. Na imagem, algumas vacas atravessam a lagoa seca de Aculeo, em Paine (Chile), em 9 de janeiro de 2019.Rodrigo Garrido (Reuters)A humanidade não está a caminho de cumprir as metas estabelecidas para 2030 e 2050 nos diversos acordos internacionais sobre mudança climática, desenvolvimento sustentável e proteção ambiental. Na foto, a poluição causada por veículos em uma rua em Nova Delhi (Índia), em 14 de novembro de 2017.DOMINIQUE FAGET (AFP)O relatório – o sexto publicado, o primeiro data de 1997 – sustenta que, embora em alguns pontos concretos haja alguma melhoria, desde que se publicou a primeira edição, há mais de 20 anos, "o estado geral do meio ambiente seguiu se deteriorando em todo o mundo". Na imagem, um cão sobre uma montanha de lixo em Nova Delhi (Índia), em 5 de março de 2019.NOEMI CASSANELLI (AFP)Segundo a análise, os esforços de alguns países e regiões se veem entorpecidos por modelos de "produção e de consumo insustentáveis" e pela mudança climática. Na imagem, um casal junto a seus animais é resgatados de uma inundação em Burgaw, Carolina do Norte (Estados Unidos), em 17 de setembro de 2018.Jonathan Drake (Reuters)"É necessário tomar medidas urgentes em uma escala sem precedentes para deter e reverter essa situação e, assim, proteger a saúde humana e ambiental", conclui o relatório. Na imagem, as chaminés de uma refinaria de petróleo no estado de Utah (Estados Unidos), em 10 de dezembro de 2018.Rick Bowmer (AP)A parte positiva é que conhecemos as medidas que devem ser tomadas e incluídas em tratados internacionais como o Acordo de Paris ou os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Devemos parar com a perda de biodiversidade e poluição do ar, melhorar a gestão da água e dos recursos, mitigar a mudança climática e nos adaptar a ela, usar os recursos eficientemente... Na imagem, voluntários limpam a baía de lixo de Lampung em Sumatra, em 21 de fevereiro de 2019.PERDIANSYAH (AFP)O mais negativo é que os diferentes estudos científicos analisados indicam que os países não estão se movendo nessa direção. A sexta edição do GEO alerta que as projeções indicam "que os avanços são muito lentos para atingir os objetivos, ou que eles até progridem na direção errada". Na imagem, edifícios envoltos por uma nuvem de poluição em Seul (Coréia do Sul), em 6 de março de 2019.Kim Hong-Ji (REUTERS)Se as mudanças drásticas indicadas não ocorrerem, os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris contra as mudanças climáticas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável serão violados. "A constante incapacidade de tomar medidas urgentes é ter impactos negativos sustentados e potencialmente irreversíveis nos recursos ambientais essenciais e na saúde humana", diz o relatório, preparado por 250 cientistas e especialistas de 70 países. Na imagem, um grupo de trabalhadores protege-se da poluição com máscaras durante uma manifestação em Seul (Coreia do Sul) em 6 de março de 2016.Ahn Young-joon (AP)O estudo foi apresentado na quarta-feira, coincidindo com a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, realizada em Nairobi (Quênia), onde se espera algum acordo concreto para, por exemplo, reduzir o consumo de plásticos. Na imagem, vista aérea de uma área desmatada da floresta amazônica, no sudeste do Peru, causada pela mineração ilegal, em 19 de fevereiro de 2019.REUTERSO problema da mudança climática - para muitos especialistas, o grande desafio da humanidade para este século - atravessa todo o relatório da ONU. Na imagem, bombeiros tentam apagar um incêndio na aldeia grega de Kineta, em 24 de julho de 2018.Valerie Gache (GEtty)"A mudança climática altera os padrões climáticos, o que, por sua vez, tem um efeito amplo e profundo sobre o meio ambiente, a economia e a sociedade, o que põe em risco a subsistência, a saúde, a água, a segurança alimentar e energia das populações", explica a ONU. Na imagem, vista aérea da ponte ferroviária derrubada por um deslizamento de terra após o colapso, em 25 de janeiro de 2019, de uma barragem em uma mina de minério de ferro em Minas Gerais.MAURO PIMENTEL (GEtty)A biodiversidade - uma variedade de seres vivos, espécies e ecossistemas - também está em crise. Enfrenta uma luta desigual dominada pela transformação do solo, perda e degradação de habitats, práticas agrícolas insustentáveis, disseminação de espécies invasoras, poluição e superexploração. Na imagem, os restos mortais de um urso polar morto como resultado da falta de comida devido à mudança climática, fotografado em julho de 2013, no oeste de Svalbard (Groenlândia).GettyOs principais inimigos dos oceanos e das costas são o aquecimento global, a acidificação da água (devido à captura de CO2), a poluição marinha, com os plásticos em primeiro lugar, e seu uso crescente para a produção de alimentos, juntamente com o transporte, os assentamentos e a extração de recursos. Na imagem, vista aérea do desaparecimento do mar de Aral em 2018, no Uzbequistão.GEttyEcossistemas marinhos como os recifes de corais estão sendo devastados e enfrentam uma descoloração maciça causada pelo calor crônico que já afeta 70% dessas superfícies no mundo. A Grande Barreira de Corais da Austrália é uma das mais afetadas, com mais de 50% de sua área atingida, enquanto os manguezais perderam entre 20% e 35% de seu alcance desde 1980. Na imagem, mergulhadores nadam em uma cama de corais mortos na Ilha Tioman da Malásia, em 2018.Reuters