A fracassada tentativa de prejudicar Ocasio-Cortez com um vídeo de dança
Deputada mais jovem da história dos EUA sai reforçada da divulgação anônima de gravação antiga
A expressão “tiro pela culatra” tem, a partir de agora, um novo paradigma: o vídeo da congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez dançando na cobertura de um edifício, divulgado nas redes sociais por seus adversários numa tentativa de destacar sua suposta frivolidade, e que virou um fenômeno viral que só fez aumentar a lenda da nova-iorquina de origem porto-riquenha, que se tornou na quinta-feira a mais jovem deputada a ingressar no Capitólio em toda a história norte-americana.
Here is America's favorite commie know-it-all acting like the clueless nitwit she is...
— AnonymousQ1776 (@AnonymousQ17763) January 4, 2019
...High School video of "Sandy" Ocasio-Cortez @AoDespair pic.twitter.com/j3hTnwErib
“Aqui está a comunista sabe-tudo favorita da América agindo como a idiota inútil que ela é”, tuitou alguém sob o pseudônimo de AnonymousQ1776, junto com um vídeo que identificou como sendo da época em que Ocasio-Cortez era estudante secundarista. O vídeo foi compartilhado em seguida por outros perfis direitistas.
O clipe de 30 segundos, que já foi visto mais de nove milhões de vezes, foi tirado de uma gravação de pouco mais de quatro minutos publicada há oito anos no YouTube. O original foi gravado na Universidade de Boston, onde Ocasio-Cortez se graduou em Economia e Relações Internacionais. A hoje congressista dança com outros estudantes, imitando cenas de filmes populares dos anos oitenta, ao ritmo da canção Lisztomania, da banda indie francesa Phoenix. Na gravação divulgada, numa tentativa retumbantemente fracassada de atacá-la, a música original foi substituída por uma percussão tribal.
O vídeo dos estudantes da universidade de Boston é uma versão de um meme viralizado em 2009, batizado originalmente como Lisztomania Brat Pack Mash Up, que combina a canção do Phoenix com cenas de filmes de adolescentes protagonizadas pela geração de atores (Rob Lowe, Demi Moore, Antonio Estévez...) conhecidos como The Brat Pack. Fazer versões desse vídeo era em uma tendência digital em 2010.
Os elogios à deputada, e as zombarias contra quem tentou prejudicá-la por dançar em seus anos de universidade, não tardaram a inundar as redes sociais. “ÚLTIMA HORA: vídeo extremamente nocivo recém-divulgado e é… Esperem, é só Alexandria Ocasio-Cortez dançando”, tuitou um usuário. “Já está acabada. Um vídeo recém-divulgado revela que quando Ocasio-Cortez estava na universidade ela era… adorável”, tuitou outro.
I hear the GOP thinks women dancing are scandalous.
— Alexandria Ocasio-Cortez (@AOC) January 4, 2019
Wait till they find out Congresswomen dance too! 💃🏽
Have a great weekend everyone :) pic.twitter.com/9y6ALOw4F6
Ocasio-Cortez, que ganhou sua cadeira parlamentar em novembro por um distrito de Nova York depois de obter a indicação pelo Partido Democrata vencendo o veterano Joe Crowley, tornou-se o rosto de um novo movimento de jovens esquerdistas que se mobilizaram por todo o país nas últimas eleições legislativas, contribuindo para que os democratas recuperassem o controle da Câmara Baixa do Congresso.
A deputada, de 29 anos, costuma usar as redes sociais para se comunicar com seus eleitores. Por volta de 12h (hora de Washington), Ocasio-Cortez entrou no jogo: "Ouço dizer que o Partido Republicano considera que as mulheres dançando são escandalosas. Esperem que descubram que as congressistas também dançam. Que tenham todos um grande fim de semana", tuitou, junto a um vídeo dela dançando na porta de seu recém-inaugurado gabinete no Capitólio.
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