‘Elite’ é droga
Nova série espanhola da Netflix é excessiva, mas é bem dirigida, tem boa fatura técnica e tem muito claro o que é. Além disso, é muito, muito divertida
É inegável que Elite prende, e muito. A nova série espanhola da Netflix sabe o que é: um thriller juvenil com ambição de se tornar um fenômeno global. Sabe o que quer e tem todos os ingredientes para alcançá-lo. E também os combina de forma mais que digna para atingir esse objetivo.
Elite é destinada ao público jovem, esse que não frequenta a televisão tradicional e abraçou as plataformas digitais. Uma vez que se começa, a maratona é inevitável. E saber o que aconteceu com o crime apontado no início da série e vai se desentranhando ao longo dos oito capítulos da primeira temporada é quase o de menos. O assassinato é uma mera desculpa. Elite prende porque o fazem seus personagens e as relações que se estabelecem.
Com elementos que lembram outras histórias juvenis como Gossip Girl e narrativas com personagens endinheirados com mistério no meio como Big Little Lies, não aparecerá nas listas das melhores séries do ano, mas tampouco parece ser sua intenção. Seus capítulos se assistem com a mesma voracidade com que se come pipoca. É difícil não ser capturado entre tanta beleza (não há nenhum estudante feio ou comum no colégio de Las Encinas) e tanto carisma.
Entre altas doses de sexo, festas, drogas, trios, relações homossexuais clandestinas, gravidezes inesperadas... a série também aproveita para lançar mensagens interessantes à juventude e tratar de assuntos como o HIV, a homossexualidade, o racismo ou classismo. Tudo concentrado em episódios ligeiros de 50 minutos com uma boa seleção musical e diálogos que, embora às vezes nos façam enrubescer, dentro do contexto da história são perdoáveis e funcionam.
Elite é excessiva, adolescente, bem dirigida, tem boa fatura técnica e tem muito claro o que é. E é muito, muito divertida. Chegou para se tornar a nova obsessão do público jovem. Elite é droga.
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