Em sabatina, presidenciáveis encontram objetivo comum: fugir de comparações com Temer
Ao menos onze concorrentes ao Palácio do Planalto debateram suas propostas para o país
Se alguém ficou sem defensores nessa eleição presidencial, esse alguém é o Governo Michel Temer (MDB). Isso ficou patente na maratona de sabatinas em Brasília realizada nesta quarta-feira. Dos 11 pré-candidatos à Presidência da República entrevistados pelo jornal Correio Braziliense, nenhum defendeu diretamente o político que há pouco mais de dois anos preside o país após o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Entre os entrevistados, dois são declarados opositores: Ciro Gomes (PDT) e Manuela D'Ávila (PCdoB). Os demais ou são filiados a partidos que são ou até pouco tempo atrás eram governistas, ou são de legendas que apoiaram a destituição de Dilma.
Nem mesmo o pré-candidato do MDB, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, fez uma defesa contundente de Temer. Ao contrário, chegou a fazer críticas indiretas. Afirmou o ex-ministro quando tratava do fracasso na votação da reforma da Previdência: “Um governo eleito, pela população, forte, com esse mandato, terá condições de aprovar uma reforma eficaz e justa”.
Além dos pré-candidatos já citados, participaram do debate os seguintes concorrentes: Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (REDE), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Afif (PSD), Flávio Rocha (PRB), Paulo Rabello de Castro (PSC), Rodrigo Maia (DEM) e Alvaro Dias (PODEMOS). Ficaram de fora do debate Guilherme Boulos (PSOL) e João Amoêdo (NOVO), além de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), este porque está preso pela operação Lava Jato.
Veja os destaques das entrevistas com os pré-candidatos já sabatinados:
- Geraldo Alckmin: "É meu dever, como médico, melhorar o sistema de saúde". O pré-candidato diz que, se eleito, irá cobrar dos pacientes que possuem planos de saúde que forem atendidos na rede pública.
- Guilherme Afif Domingos diz que ideia de unificar partidos de centro criaria a “Unidos da Lava Jato”
- Manuela D'Avila: “Ninguém quer o Governo Temer. Nem o [Henrique] Meirelles quer esse rótulo.
- Paulo Rabello de Castro, do PSC, promete cobrar imposto de renda só para salários acima de 5.000 reais.
- Ciro Gomes: “Os democratas têm de dizer claramente, um boçal, despreparado" [sobre Bolsonaro]
- Alvaro Dias: "Temer só não perde o mandato porque montou um balcão de negócios [no Governo]"
- Jair Bolsonaro: “Vamos dar uma baita flexibilizada no porte de armas de fogo”
- Henrique Meirelles: “A discussão não é se vai ser feita uma reforma da Previdência no Brasil, é quando”
- Marina Silva diz que não acredita que militares queiram dar um golpe: "Defendem a Constituição"
- Rodrigo Maia afirma que pesquisas eleitorais só apontarão cenário em setembro
Veja como EL PAÍS cobriu essa série de entrevistas:
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