Espanhóis e italianos disputam comando da distribuição elétrica no Brasil
A Iberdrola melhora a oferta apresentada por Enel para controlar Eletropaulo
Duas grandes energéticas europeias, a espanhola Iberdrola e a italiana Enel, travaram disputa pelo controle da Eletropaulo para se consolidar assim como o primeiro distribuidor privado de energia elétrica no Brasil. As duas companhias, que também são concorrentes no mercado espanhol, entraram na última semana em uma guerra de ofertas para comprar a empresa brasileira. A última foi apresentada nesta sexta-feira pelo Conselho de Administração da Neoenergia, com capital majoritário espanhol, para melhorar a contraoferta que a italiana havia realizado na quarta-feira passada.
Iberdrola, através da Neonergia, tem um grande interesse por se expandir no mercado brasileiro, onde anunciou investimentos de 15 bilhões de reais para os próximos quatro anos. Ela foi a que apresentou a primeira oferta, após um acordo com a própria Eletropaulo, que chegava a 6 bilhões de reais, divididos entre uma ampliação de capital para segurar 40% das ações da companhia e uma OPA posterior que lhe permitiria atingir entre 51% e 100% da elétrica brasileira. Mas Enel, cujo acionista majoritário é o Estado italiano, lançou um contra-ataque e superou em 200 milhões a oferta espanhola. A OPA de Enel oferecia 28 reais por ação frente a 25,51 reais da primeira proposta da Iberdrola. A Enel possui uma das grandes companhias energéticas espanholas, a Endesa, concorrente direto da Iberdrola.
A reação da Neonergia chegou na tarde desta sexta-feira, após o fechamento da Bolsa. O Conselho de Administração da companhia, em uma reunião à que acudiu o próprio presidente da Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán, acordou concorrer à OPA com uma oferta de 29,40 reais por ação para a metade mais um dos títulos da Eletropaulo. Os principais acionistas da Eletropaulo são o Estado brasileiro, com uma participação de 18,7% através de BNDES e de 7,97% em mãos da União Federal, e AES Brasil, que controla 16,8% do capital. Na peleja entre italianos e espanhóis havia também um concorrente brasileiro, a Energisa. Sua oferta inicial era de 19,38 reais, mas a empresa desistiu de entrar na batalha melhorando a proposta.
A Iberdrola possui 52,45% da Neonergia, junto a Previ (38,2%) e Banco do Brasil (9,35%).
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